sexta-feira, 11 de julho de 2025

Não sabemos a força que temos até precisarmos dela

 

Imagem extraída do Google


Luiz Thadeu Nunes e Silva(*)

“A vida é aquilo que acontece, enquanto estamos ocupados fazendo planos”, disse John Lennon, assassinado em 08 de dezembro de 1980, em frente ao edifício Dakota, onde morava em NY. O ex-Beatles, foi morto a tiros pelo fã que o perseguia, Mark David Chapman. Lennon não esperava que perderia a vida, de forma trágica, aos 40 anos; ele estava vivendo bom momento da vida, e certamente, não constava em seus planos, morrer tão jovem.

Conto essa história para falar de como as coisas mudam, rapidamente, sem que possamos ter alguma ingerência sobre elas. Papai do Céu não nos deu o dom de sabermos o que vem pela frente.

Manhã de 11 de julho de 2003, abri a janela do apartamento em que hospedava, com vista para o mar, em João Pessoa, PB, e agradecido, fiz uma oração por tudo de bom estava acontecendo. Tomei café, rumei para rodoviária; embarquei para Natal. Meu destino final naquele dia seria Fortaleza, CE.

Ao desembarcar em Natal, o ônibus que me levaria a Fortaleza passara. Fiquei alguns minutos aguardando o próximo ônibus. Começou a chover, embarquei em uma van, na esperança de pegar o ônibus que perdera. A van quebrou e tive que pegar um táxi de linha, comum na região. Próximo da cidade de Mossoró, RN, na BR 304, o motorista do táxi atendeu uma ligação telefônica, perdeu o controle do carro, jogando-o para o lado onde estava sentado. Colidimos com uma carreta, que vinha em sentido contrário. Ao acordar, após o acidente, todo quebrado e ensanguentado, não tinha ideia de que minha vida mudaria para sempre.

Havia planejado encontrar com minha mulher, e meus filhos, Rodrigo e Frederico, para jantarmos naquela noite, em Fortaleza. Com o acidente, tudo o que havia planejado, mudou. Acordei e vi que havia sido roubado, tinham levado: mochila, carteira com documentos e dinheiro; até os sapatos. Ao voltar a mim, não sabia da gravidade do acidente, e o que me esperaria pela frente. Minha vida, a partir dali, não seria mais a mesma.

Removido para Natal, durante a madrugada, fui operado. Houve erro médico, que desencadeou uma série de cirurgia. Durante cinco anos fiquei preso a leitos hospitalares: em Natal, São Luís e São Paulo. Usei aparelho Ilizarov na perna esquerda. Passei por 43 cirurgias, transplante ósseo, cem horas de câmeras hiperbáricas, até debelar a infecção na perna.

Em 2009, livre das cirurgias, adaptado às muletas, sai pelo mundo.

Quando que eu, em minha insignificância, poderia pensar que minha vida daria uma mudança de rota tão radical? Nunca estamos preparados para mudanças bruscas em nossa caminhada, mas elas acontecem a todo momento.

Tinha 44 anos quando ocorreu o acidente. Foram anos difíceis, de muitas provações, de inúmeras adaptações. Mas nós seres humanos somos adaptáveis a tudo.

Após os anos de convalescença, criei um novo mundo, e nele sigo em frente. A vida não dá macha ré, só anda para frente.

Não sabemos a força interior que temos até precisar dela. A necessidade é a mãe da precisão. Caro leitor, amiga leitora, caso você não precise de algo novo, não sentirá necessidade de mudar. Basta colocar no piloto automático e seguir em frente. Agora, se precisar, você encontrará um meio de continuar a jornada.

Viver é arte de superação, de se adaptar às coisas, pessoas e situações, que em tempos normais nem lhe passaria pela cabeça.

Como as andanças pelo mundo, já pisei, com minhas inseparáveis muletas, em 151 países em todos os continentes da Terra. Em outubro, com fé em DEUS, vou conhecer onze diferentes países da África. Assim sigo em minha sina de conhecer esse mundão que Papai do Céu criou.

A vida nos surpreendente a cada instante, não tem roteiro, nada é seguro, quem não tem medo do inesperado, tem que ter asas para voar.

(*)

Luiz Thadeu Nunes e Silva é Engenheiro Agrônomo, escritor e Globetrotter. Autor do livro “Das muletas fiz asas”

Instagram: @Luiz.Thadeu

Facebook: Luiz Thadeu Silva

E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br


sábado, 28 de junho de 2025

De Curador a Presidente Dutra – uma caminhada longa e difícil.



Curador anos 40

 

José Pedro Araújo (*)

Lá se vão 81 anos desde que o interventor Paulo Martins de Sousa Ramos assinou o Decreto-Lei 820, em 30 de dezembro de 1943, ato que elevava o Curador à categoria de município. Verdadeiramente, o citado ato governamental se tratava de um instrumento oficial emitido a cada quatro anos pelo governo para definir a nova Divisão Administrativa do estado maranhense. Era um ato corriqueiro, então. Nessa resolução administrativa, que tinha validade de 1º de janeiro de 1944 a 31 de dezembro de 1948, muitos municípios foram criados, enquanto alguns outros perderam o status antigo e voltaram a integrar o território de outro município mais importante. Vivíamos o tempo da ditadura Vargas, período em que as casas legislativas se achavam de portas cerradas; daí que a Lei de costume, discutida e votada pelos senhores deputados, havia sido substituída por um decreto-lei que continha apenas a vontade única do chefe do executivo. Mas a luta por reconhecimento do povoado Curador vinha de longe, desde quando os primeiros moradores chegaram por ali na segunda metade do século XIX, e fixaram-se em casebres de pau-a-pique e palha de babaçu.   

Esse edito, a que nos referimos no início do parágrafo anterior, foi o passo inicial que conferiu à comunidade, situada no interior mais profundo da região conhecida como Japão maranhense, poderes e independência, desligando-o do seu município-mãe, Barra do Corda. Afirmo que foi o passo inicial porque a solenidade oficial de elevação da Vila à categoria de município somente se daria no dia 28 de junho do ano seguinte, seis meses após a publicação daquele diploma legal. Passou aquele dia a ser considerado como data oficial que ensejou o início da nossa caminhada de maneira independente, desligado que fomos do imenso território barra-cordense; aquele que consideramos o dia primeiro da nossa caminhada solo.

O interventor Paulo Ramos não se fez presente ao ato oficial, talvez porque preferisse participar das festividades de elevação de algum outro novo município mais próximo da capital, posto que muitos outros foram criados naquela mesma data; talvez porque chegar até a sede do velho Curador não era uma tarefa muito fácil. Melhor dizendo, era tarefa das mais difíceis, visto não possuirmos estradas em condições minimamente trafegáveis. Até mesmo para se deslocar de Barra do Corda até a sede da povoação do Curador, naquela época, praticamente só se fazia montado em alimárias, e assim mesmo utilizando-se de um volteio insano que aumentava a distância entre esses dois pontos em quase oitenta quilômetros, comparativamente ao percurso que temos hoje. Estrada sinuosa, como já afirmei, tinha esta via a obrigação de passar por quase todas as povoações mais importantes do município, o que quase dobrava a distância entre os dois pontos que se queria atingir. O relatório emitido pelo governo, em decorrência da viagem de inauguração de várias estradas de rodagem pelos sertões, viagem empreendida pelo governador Magalhães de Almeida, no ano de 1928, registrava que o trecho inaugurado pela citada autoridade entre a vila de Curador e Barra do Corda media longos 176 quilômetros. Mas isso não foi impedimento para o interventor barra-cordense, Jamil de Miranda Gedeon, fazer-se presente à solenidade. Provavelmente havia se deslocado até a Vila de Curador montando em algum animal de sela. Já a autoridade máxima do estado, preferiu enviar o senhor Secretário Municipal da cidade de Vargem Grande para substituí-lo no ato que reuniu toda a população da vila.

Hoje em dia, trafegando pela BR 226, a distância entre a sede do município de Presidente Dutra e a de Barra do Corda não ultrapassa os 98 quilômetros de extensão. Magalhães de Almeida, naquela vigem de inauguração de caminhos que chamava de estradas, foi o primeiro governador do estado maranhense a pisar em terras curadoense. Isso aconteceu no distante ano de 1928, já citado. E para registrar a sua passagem pelo povoado, existem fotografias, talvez as primeiras imagens registradas da região e eternizadas na celulose. Bem-merecida a homenagem àquela autoridade prestada pelos presidutrenses, que deu à sua principal artéria, o nome daquele ilustre conterrâneo.

A fotografia que ilustre o presente texto, e que nos mostra a cidade nos seus primeiros anos após a sua elevação à categoria de cidade, nos dá uma ideia aproximada do que era ela no tempo do seu desligamento de Barra do Corda. A visão que temos é a de uma Rua Grande desnuda, sem calçamento, sem posteamento para rede elétrica, favorece a nossa imaginação e nos leva a pensar que por baixo daquele piso de terra não devia correr água encanada. Sem a mínima infraestrutura de serviço em prol de sua população, mostrava a nossa primeira rua a ser formada pelos nossos pioneiros, as enormes carências pelas quais passava a população naqueles tempos. Nessa época ainda, a educação se resumia a essa escola particular que vemos em destaque na foto, dedicada às estudantes de sexo feminino; e ao colégio São Bento, instituição criada para receber os rapazes da cidade. As duas, implantadas pelos capuchinhos que haviam se instalado pouco tempo antes na região. No mais, a educação se resumia aos mestres-escola que ainda atendiam a criançada da povoação.

Quando criança, andar pelas ruas sem calçamento ou correr por elas durante as chuvas pesadas que desabavam sobre a cidade, trazia-me uma sensação de completa liberdade e enlevo; para mim, nada faltava por ali, pois as brincadeiras de cada período me bastavam. Banhos de riacho no período invernoso, papagaios de papel colorindo o céu azul no período de estio, piões, bolas de gude, chuço, e os jogos de futebol em qualquer período, fizesse sol ou chovesse, completavam as minhas necessidades maiores.  Por outro lado, à noite, as brincadeiras de esconde-esconde ou as estórias de trancoso contadas com excesso de amedrontamento, supriam com folga a falta de energia elétrica.

Mas aí crescemos, e as exigências passaram a se apresentar muito maiores. Já não nos satisfazíamos somente com as brincadeiras.

O aniversário de Presidente Dutra vai além das celebrações; é um momento para refletir sobre os avanços que o município alcançou ao longo dos anos. Investimentos em infraestrutura, educação e saúde têm contribuído para o crescimento da cidade e o bem-estar de seus moradores. Mas ainda nos falta muito. Precisamos avançar em vários campos que ainda estão carecendo de melhorias, como a segurança, a falta de oportunidades para os jovens que chegam à idade em que comumente começa-se a laborar, por exemplo. Além disto, o abastecimento de água e a coleta e o tratamento de esgoto são ainda pontos que deixam muito a desejar em um município que cresce a olhos vistos e que clama pela melhoria desses serviços para se equiparar àqueles que possuem o seu tamanho em alguns estados brasileiros mais desenvolvidos.

Contudo, quem como eu viu as ruas da cidade às escuras, com a poeira levantada pelo vento invadindo as residências; quem, como eu, padeceu da carência de um atendimento médico banal, fato que nos fazia correr para a cidade de D. Pedro em busca do Dr. Armando Leandro, médico amigo e muito conceituado, à falta de profissionais do seu quilate na nossa cidade; há de convir que avançamos muito em vários campos, especialmente neste em particular. Hoje o município já dispões de três hospitais públicos que prestam a maioria dos serviços necessários à população. Ademais, clínicas médicas e odontológicas se espalham por vários pontos da cidade, e a maioria dos seus profissionais são nascidos nela. A cidade se tornou um polo regional importante na região central do Maranhão e é quase autossuficiente no campo da saúde.

Parabéns, Presidente Dutra! Estamos felizes com o que temos, mas queremos mais!

(*)

José Pedro Araújo é engenheiro agrônomo, funcionário público federal aposentado, historiador, cronista, romancista, e coordenador do blog Folhas Avulsas. 

Aviso: Junho é o mês de aniversário da cidade de Presidente Dutra. E por conta disso, por todo este mês estamos realizando uma promoção dos últimos exemplares do livro " Viajando do Curador a Presidente Dutra - história, personalidades e fatos". Se você residir em alguma das cidades onde o livro foi posto à venda, cada exemplar importará em apenas R$ 60,00 reais. Caso seja necessário o envio do livro para qualquer outra cidade do país, acrescentar mais R$ 15,00, que é o valor do frete. Portanto, durante os trinta dias de junho, o livro sairá por apenas R$ 60,00 reais. E poderá ser encontrado em Presidente Dutra, na Complast, em Teresina, nas livrarias Universitária e Entrelivros, e em São Luís, na livraria Amei, no Shopping São Luís. Como já informado, trata-se dos últimos exemplares que ainda dispomos em estoque. E aquelas pessoas que se interessarem pela história da região conhecida como Japão maranhense, tem a última oportunidade de adquirir o livro que traz também, resumidamente, a história do estado do Maranhão.

 

   

sábado, 21 de junho de 2025

Mais uma guerra em um mundo caótico

Teerã - Foto do autor

Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)

Em andanças pelo mundo, desembarquei no aeroporto internacional Tehran-Iman, em Teerã, em uma madrugada de abril de 2017. O aeroporto fica a 50 km do centro da cidade, onde ficava o hotel. Para minha surpresa, encontrei uma cidade pulsante, fascinante e surpreendente. Durante cinco dias visitei os pontos históricos e turísticos da capital do antigo império persa. Com 10 milhões de habitantes, Teerã tem a mesma população de toda Israel. Com um povo acolhedor, é governada pelos sanguinários Aiatolás, tendo Israel como seu maior inimigo.

Noite de quinta-feira, 12 de junho. Dia dos Namorados. Após jantar, cheguei em casa e os canais de TV mostravam, ao vivo, o bombardeio de mísseis israelenses sobre Teerã, capital do Irã, em mais um episódio de ira entre os dois países do Oriente Médio. A memória me fez voltar no tempo.

Em um histórico belicoso, Israel e Irã protagonizaram por quatro décadas um conflito latente, com momentos de maior tensão abafados pelos Estados Unidos a fim de evitar uma guerra com consequências imprevistas no Oriente Médio. Mas, com o vigoroso ataque de Tel Aviv em solo persa, as camadas de contenção se esfacelaram.

A decisão do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de deflagrar "ataques preventivos" contra o Irã configura, pela legislação internacional, crime de agressão. Ao Conselho de Segurança da ONU, Teerã os classificou como "declaração de guerra" —exatamente o que o restante do mundo e até mesmo ambos os inimigos cáusticos tratavam de evitar. Se estamos perto de uma guerra de proporções desconhecidas, ainda é cedo para afirmar, mas o mundo está cada vez mais inseguro. Israel com seu poderio militar e precisão logística, durante dias seguidos de ofensiva destruíram alvos precisos e reduziram a capacidade de contra-ataque persa. A instalação nuclear de Natanz foi bombardeada, bases de lançamento de mísseis terra-terra foram atingidas e parte considerável do comando militar iraniana foi morta. A resposta do Irã com drones —a maioria deles abatida antes de atingir os alvos— e cerca de cem mísseis provavelmente não encerra a retaliação.

O Irã inevitavelmente sofreria consequências pelo brutal ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, agravado por sua retórica de destruição do Estado judeu e seu insistente avanço no programa nuclear com fins militares, sem contar os cerca de 200 mísseis lançados contra o inimigo em outubro do ano passado.

Antes, porém, Tel Aviv concentrou-se na destruição do Hamas, na Faixa de Gaza, do Hezbollah, no Líbano, e dos houthis, no Iêmen —grupos terroristas financiados pela teocracia persa.

Quem vê Israel e Irã trocando ataques em uma guerra com alto potencial destrutivo não imagina que os dois países já foram aliados próximos. E não faz tanto tempo assim. O Irã apoiou a criação de Israel, em 1948, e foi um dos primeiros países a reconhecer sua existência, na direção contrária de seus vizinhos árabes. Além disso, nos anos 1960, Irã e Israel viraram parceiros comerciais, exportando petróleo pelo oleoduto de Eilat Ashkelon, com gestão e lucros divididos entre ambos.

Israel e Irã foram aliados até 1979. A queda do xá da Pérsia, após anos de insatisfação popular, intensificados por protestos e greves, levando Reza Pahlavi a fugir do país e deixando o caminho aberto para a liderança de Khomeini.

O Irã se tornou uma república islâmica teocrática, revogando regras internas consideradas ocidentais demais e dando um cavalo de pau na política externa. Estados Unidos e Israel viraram os inimigos. Abraçando a causa palestina como forma de ganhar proeminência entre os países do Oriente Médio, o regime dos aiatolás, em um ato que simbolizava a mudança de postura, tomou a embaixada do estado judeu em Teerã e entregou para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

A partir de então, o Irã deixou de reconhecer a legalidade de Israel e passou a pregar seu extermínio, financiando grupos acusados de terrorismo como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Palestina.

É São João na Ilha do Amor, tempo de alegria, de arraial, de celebrar os festejos juninos. Tempo de brincadeiras, manifestações folclóricas, muita comida boa. Bomba e fogos por aqui, só de artifícios. Quão bom é estar longe das guerras.

(*)




Luiz Thadeu Nunes e Silva  é Engenheiro Agrônomo, escritor e Globetrotter. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.

Instagram: @Luiz.thadeu

Facebook: Luiz Thadeu Silva

E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br


sábado, 31 de maio de 2025

Pausa para o silêncio

 

Fonte: Google

Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)

 

Após semana corrida, assoberbado de compromissos, fiquei o final de semana em casa. Não saí pra nada, nem para colocar o lixo na porta. Como não planejei ficar só, comi o que encontrei na geladeira. Roupa rota, gasta pelo tempo, já com a forma do corpo, foi a indumentária. Me permitir não fazer nada. Dormir até mais tarde, sem preocupação com as horas, que teimam em seguir em frente.

Chega um dia em que o tempo nos vira do avesso. Ando cansado, com sono irregular. Sigo em frente, aos trancos e barrancos, pela urgência dos afazeres.

Sinto-me enfadado, com vontade de tirar férias de mim. Como é impossível, tento desacelerar, à espera do que vem pela frente.

Ouvi um conselho, que tento colocar em prática, - de vez em quando: “não caia na mentira moderna de que descansar é desperdiçar tempo. Não se engane pensando que estar improdutivo é estar parado para a vida”.

Aprendemos a viver correndo, marcando tarefas, cumprindo metas e buscando resultados visíveis. Cresci ouvindo: “Time is money”, velho chavão do mercado, ao se referir que tempo é dinheiro. No outono da vida digo que tempo é vida. Rico mesmo é quem tem tempo para fazer o que gosta. Em especial as pequenas coisas.

Fomos treinados a acreditar que só somos valiosos quando estamos fazendo algo, mesmo que não tenha resultado. Mas esquecemos de algo essencial: o não fazer nada também é terapêutico, vital para a saúde.

Não fazer nada é, muitas vezes, a coisa mais importante que você pode fazer por si. É ali, no silêncio, no banho demorado, na leitura descompromissada ou na xícara de café sem pressa, que você se reencontra. Que se reconecta consigo, à sua essência. Descansar, deixar fluir a preguiça do corpo é recarregar-se. É respirar. É preparar o corpo e a alma para continuar na labuta do dia-a-dia.

Não somos máquina, programada para dar resultado. Não vim ao mundo para girar engrenagens sem fim. Ao contrário, sou humano, e me vejo cansado diante de tantos compromissos. Alguns sem serventia.

Diz o ditado popular: “quem aluga a bunda, não pode escolher hora e lugar para sentar”. Verdade! Tudo é premente e urgente.

Mas, enfim, consegui desacelerar no final de semana. Vi a chuva cair, sem precisar levantar da cama. Senti fome, que saciei com sobras. Não liguei a TV, que teima em vomitar tragédias, metendo-me medo. Fiquei longe das redes sociais, um refrigério para a cabeça. Pra que mesmo eu preciso de tanta informação? Para ter assunto para conversar? Para que conversar tanto?

Quebrando o silêncio, o canto alegre dos pássaros ao tomar água no bebedouro da janela; e Bossa nova que programei na Alexa, minha companheira musical.

Como companhia alguns livros, de variados autores, postergados no corre-corre de tempos sem tempo.

Acreditem ou não! Mas o silêncio, longe de ser um estado de miséria ou abandono, pode ser um espaço de criação, de autodescoberta e de fortalecimento.  O silêncio não dá certezas, mas oferece maravilhamento. Não traz conforto, mas revela profundidade. E nisso reside sua beleza. É no interior do silêncio que encontro a força interior, a autonomia e a capacidade de definir meus próprios valores e propósitos.

O silêncio é, antes de mais nada, restaurador. Um descanso do cotidiano, dos deveres sociais, das máscaras que sou obrigado a vestir tantas vezes em público. Ele é necessário, para repousar, revigorar, reviver. Também tem o caráter profilático do silêncio, que impede que me perca em caminhos que não são meus. Sem ele, estaria perdido. De vez em quando silencio-me para fugir dos inconvenientes. Silencio-me para acalmar a mente e o espírito. A vida precisa de pausas, de recuos, de saídas. E o silêncio é uma delas. No silêncio me conecto com Deus. No silêncio me resgato.

Uma das grandes maravilhas de envelhecer é descobrir a requintada arte de estar sozinho. O que antes era um silêncio desconfortável, agora é um luxo. Às vezes me aquieto no meu canto. Não por preguiça, nem por covardia e, nem para não sair da minha zona de conforto. Mas, para aquietar meu coração, acalmar a minha alma e a minha mente, às vezes tão barulhenta.

Final de domingo, casa tranquila, inundada pela bela canção “Tarde em Itapuã”, na voz de Maria Bethânia; uma taça de vinho. O sol se recolheu dando lugar ao luar, avisando que logo mais é segunda-feira, tempo de retornar às obrigações.



(*) Luiz Thadeu Nunes e Silva é 
Escritor e Globetrotter. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.


Instagram: @Luiz.Thadeu

Facebook: Luiz Thadeu Silva

E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br

sábado, 24 de maio de 2025

“Para quem tem fé a vida nunca tem fim”

Foto: Google

 

                                                                                                                                  Luiz Thadeu Nunes (*)

Na semana passada ocupei o nobre espaço deste matutino para falar sobre pessoas que estão envelhecendo bem; e a idade é apenas mais um número, como tantos outros que fazem parte da vida. Com o título “Envelhecer é inevitável, ficar velho é opcional”, falei de pessoas que aos 60, 70, 80 anos que estão cheias de vida, com projetos, planos, fechando ciclos, iniciando outros. Seguindo em frente, aprendendo, descobrindo, inventando, se reinventando. Os que tiveram a coragem de sair de sua zona de conforto, e mudaram a rota: plenos, confiantes.

A jornalista Sandra Coutinho, radicada em NY, me enviou mensagem, dizendo: “Excelente. É isso aí. Comecei um novo hábito - a corrida. E aí de quem me disser que passei da idade. Já fiz uma prova de 5km e agora quero tentar 10k. Vamos em frente”. Ponto para Sandra, avante!

O amigo Antônio Carlos, baiano de nascimento, cosmopolita por opção, escreveu: “Parabéns! O tema não é novo, mas muito bom rever o tema sob uma bem elaborada argumentação e testemunho pessoal. Sobre felicidade, Cortella diz que ela não existe como estado permanente (uma pessoa que tá feliz não fica feliz quando perde um ente querido, mas se recupera depois do luto). Acho que sempre me senti ageless, mudei de carreira, de estado civil, de cidade/estado, sempre viajando. Sou espírita e a banda “O Rappa” canta que “pra quem tem fé, a vida nunca tem fim”. Show, AC.

Hildebrando Valadares, sessentão de Feira de Santana, me enviou mensagem, feliz da vida, de um cruzeiro pela Europa, exortando as delícias da solteirice inveterada. Terminou o relacionamento de 22 anos e caiu no mundo: livre, leve e solto.

“Muitas boas coisas podemos fazer na maturidade, que na juventude não conseguíamos. Faltava-nos disponibilidade, faltavam-nos experiência e liberdade, faltava-nos visão. Estávamos ocupados demais, tensos demais, divididos demais. Se não houver nada imediato para "fazer", pois geralmente tomamos isso como agir, agitar, correr, inventaremos algo." - Lya Luft

Envelhecer não é para os fracos. É preciso coragem para olhar no espelho e reconhecer que a juventude se foi, mas junto com ela, partiram também a pressa, a insegurança e a obsessão por agradar. Você aprende a caminhar mais devagar, sim… mas com passos mais firmes. Aprende a dizer “adeus” sem medo e a valorizar com alma quem escolhe ficar.

Envelhecer é uma arte silenciosa: é deixar ir o que pesa, é aceitar o que é, é descobrir que a verdadeira beleza nunca morou na pele — mas nas histórias que carregamos no peito, nos olhos, na memória. Bem-aventurados os que têm memórias de coisas boas, que alimentam o dia a dia, pavimentando o futuro. Todos que chegaram até aqui com vitalidade, sabem que o amanhã acontece melhor quando se prepara o hoje. Ou seja, se prepararam ontem para viver o hoje. Tudo na vida é construção.

Claro que o desconhecido as vezes assusta, mas como saber se é melhor se não testar ou tentar?

Somos o resultado de todas as vezes em que não nos permitimos desistir. Sempre seguindo em frente, persistente; as vezes sem olhar para trás.

Se puder lhe dar um conselho, caro leitor, amiga leitora: se não conseguir realizar seus sonhos, não os jogue fora e nem desista deles. Guarde-os num compartimento secreto. De vez em quando visite-os, tire o pó, regue, adube, afague e quando menos esperar eles estarão prontos para se tornarem realidade. Não importa o tempo que passar, em algum momento eles florescerão. Tenha fé. Assim é a vida.

(*)

Luiz Thadeu Nunes e Silva, escritor e globetrotter. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.


domingo, 4 de maio de 2025

190 anos depois da Gênese da Fundação de Santa Cruz da Barra do Corda.

 


Por Creomildo Cavalhedo Leite (*).

 

Tenho cópias de Testamentos, Inventários, Arrolamento e Partilhas de Bens de vários personagens que estiveram presentes na segunda Povoação Oficial, a partir da segunda quadra do século XIX, com a leva de desbravadores que partiram da antiga Freguesia São Bento dos (de) Pastos Bons, passando pelo Arraial de Campo Largo, à esquerda das barrancas do rio Alpercatas, subindo pela pioneira estrada real que dava acesso as Fazendas São Bernardo e Fazenda São Miguel, de gado vacum e cavalar;

Implantadas com autorização expressa e às custas do Império após 1820, conforme é citado de forma sucinta e instigante, pelo valoroso Antônio Bernardino Pereira do Lago, Tenente-Coronel do Real Corpo de Engenheiros, nomeado por decreto de 21 de novembro de 1818 de Dom João VI, para servir na Capitania do Maranhão com a missão: "de levantar a Carta topográfica da Capitania, (...)

"acompanhado por seu desenhista, o Tenente Joaquim Cândido Guilhobel, e guiado pelo piloto Cipriano José de Almeida..."

"No mesmo ano (1820), fez estabelecer, no distrito de Pastos Bons, duas fazendas de gado, que em poucos anos aumentaram a produção..."

cuja abrangência alcançava às cabeceiras do riacho Ourives que deságua no então, Rio da Corda, e também nas proximidades da Aldeia Mucura (mais tarde seria batizada com o nome São Lourenço), e também no Povoado Leandro o qual é citado pela autora Carlota Carvalho na sua Obra "O SERTÃO Subsídios para a História e a Geografia do Brasil."

E o Povoado: São Joaquim dos Mello, seria fincado, bem como muitos outros, deixo aqui exarado um em especial: Maracanã, foi lá que, o Major Antônio de Souza Carvalhêdo (meu Tataravô Materno) e sua família implantaram a sua Fazenda Jacoca, em 1849, e nela o meu Bisavô Materno, Anastácio de Souza Carvalhêdo, trabalhou com sua família. E pelo menos dois dos seis filhos nasceram na sede da grande Fazenda Jacoca: o meu avô Materno, Hortêncio de Sousa Carvalhêdo, e sua irmã Anália de Sousa Carvalhêdo.

Antes de mergulhar nesta pesquisa, eu tinha curiosidade e indagava: Por que, o bravo e destemido Manoel Rodrigues de Mello Uchôa, teria penetrado pela região das areias em busca do local conhecido como: "Forquinha do Rio da Corda", até então não fazia sentido para mim, hoje vislumbro que para o visionário Mello Uchôa, era a rota mais prática, bem diferente do roteiro empreendido, nas palavras de Carlota Carvalho, que cita:

"Em 1831, Raimundo Maciel Parente, nascido no Baixo Mearim, subiu este Rio levando muitos escravos africanos e fundou uma fazenda agrícola na confluência de um riacho que nominou Corda."

Raimundo Maciel Parente e muitos outros abnegados e bravos heróis que permanecem nas sombras, merecem, também, o brilho da coroação e reconhecimento pelo legado e pelas muitas realizações efetuadas naquele tempo cheio de desafios, pois, não fraquejaram; seus feitos até hoje merecem um lugar especial no Panteão dos Heróis de Barra do Corda.

Parabéns a todos que amam esta bela Cidade e sua rica e profícua história e pelo seu Aniversário de 190 anos.

(*)


Creomildo Cavalhedo Leite é barra-cordense de Santa Vitória, funcionário público, genealogista, historiador e pesquisador, mora em Palmas (TO)..


sábado, 19 de abril de 2025

A Árvore Genealógica de Laudimiro Leite Neto.

 

Sr. Laudimiro com os filhos 


Creomildo Cavalhedo Leite (*)

Na antiga Data de Sesmaria Canabrava, em Picos, Piauí, no dia 8 de abril de 1934, nascia Laudimiro Leite Neto; Óbito no dia 3 de junho de 2022, na Cidade de Palmas - Tocantins;

Filho de Melchiades de Sousa Leite, nascido no dia 10 de dezembro de 1910, na antiga Data de Sesmaria Canabrava, Picos, Piauí -   Óbito dia 4 de janeiro de 2007, em Esperantinópolis MA, casado que foi com: Raimunda Francelina de Carvalho, nascida no dia 6 de maio de 1911, em Picos, Piauí - Óbito dia 22 de novembro de 1992, em Esperantinópolis MA;

Neto lado Paterno de:

* Laudemiro de Souza Leite, nascido em Picos, Piauí, no ano de 1888 - Óbito em 1944 no retorno de uma viagem do Goiás, para o seio da Família no Maranhão, casado que foi com:

* Maria Madalena de Sousa, nascida por volta do ano de 1890, em Picos, Piauí - Óbito dia 1º de outubro de 1955, em Picos, Piauí;

Neto lado Materno de:

* Franklin Antônio de Carvalho, nascido na Povoação Guaribas, São Luís, Piauí, no ano de 1875 - Óbito: 1932, em Canabrava, Picos, Piauí, casado que foi com:

* Francelina Joaquina de Carvalho, nascida em Picos, Piauí, no ano de 1885 - Óbito no dia 23 de outubro de 1966, no Povoado Invenção, Presidente Dutra Maranhão;

Bisavós lado Paterno de:

* Raimundo de Souza Leite, nascido Povoação Guaribas, São Luís, Piauí, no ano de 1861 - Óbito cerca de 1920, em Picos, Piauí, 

casado que foi com:

* Martina Correia Leite, nascida na Povoação Guaribas, São Luís, Piauí, no ano de 1860 - Óbito no Povoação Guaribas, São Luís, Piauí;

* Francisco Chaves Lima Feitosa, nascido na Antiga Fazenda Cachoeirinha (Atual Parambu) Ceará, no ano de 1860 - Óbito em 1925, casado que foi com:

* Anna Arrais Lima Feitosa, nascido na Antiga Fazenda Cachoeirinha (Atual Parambu) Ceará - Óbito em Picos, Piauí;

Bisavós, pelo lado Materno de:

* Antonio Rodrigues de Carvalho, nascido no dia 15 de janeiro de 1844, Rodeador, Picos, Piauí - Óbito no ano de 1936 em Picos, Piauí, casado que foi com:

* Justina Maria da Conceição, nascida aproximadamente 1854, em Jaicós, Piauí - Óbito ocorreu antes 1898, em Rodeador, Picos, Piauí;

* Antonio Correia da Silva, nascido em abril de 1855, em Oeiras, PI; Óbito cerca de 1928, Povoação Guaribas, Piauí, casado que foi com:

* Joaquina Maria de Sousa, nascido aproximadamente em 1864, em Guaribas, Piauí;

Tataravós lado Paterno de:

* Alexandre de Souza Leite, nascido dia 26 de fevereiro de 1814, na Vila de Valença, Piauí - Óbito: Antes de 1909, casado que foi com:

Catharina Thereza de Jesus, nascida antes de 1820, na Vila de Valença, Piauí - Óbito após janeiro de 1909, na Povoação Guaribas, Piauí;

Tataravós, lado Materno de:

* Serafim Rodrigues de Carvalho, nascido em 1819, na antiga Fazenda Jenipapeiro, Oeiras, Piauí - Óbito após 1880, Rodeador, Picos, Piauí, casado que foi com:

* Maria Victória do Nascimento, nascimento de 1823 a 1827, Barra, hoje São Luís do Piauí - Óbito em Rodeador, Picos Piauí;

* Joaquim da Rocha Soares, nascido 1825, na antiga Fazenda Guaribas, São Luís do Piauí, Piauí - Óbito após o 1903, Pio IX, Piauí, casado que foi com:

* Francisca Maria da Conceição, nascida aproximadamente em 1827, em Jaicós, Piauí - Óbito aproximadamente em 1866, em Jaicós, Piauí;

* João Correia da Silva, nascido aproximadamente em 1821, casado que foi com:

* Júlia Maria de Sousa Pereira, nascida (?) - Óbito: cerca de 1871;

* Nicolau José Bezerra, sem informações da data de nascimento e óbito, casado que foi com:  

* Veneranda Maria do Espírito Santo, sem informações da data de nascimento e óbito;

No documento oficial publicado em de 1762, dos Possuidores de Terras na Capitania de São José do Piauí, é citado o "Sítio do Roçado" na antiga Freguesia de Nª Sr.ª da Conceição dos Aroazes, da Vila de Valença, Capitania do Piauí, tendo como proprietário:

* ANTÔNIO DE SOUZA LEITE, nascido em Oeiras Piauí, no início dos anos de 1700, casado que foi com:

* FRANCISCA MARIA DA GLÓRIA, nascida aproximadamente em 1720 - Sem informações da data do óbito;

São os Pais de:

1 - Tenente Bazilio Pimenta Carneiro, nascido cerca de 1744, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito,

casado que foi com:

Eulália Pereira de Araújo, nascida aproximadamente em 1754 - Sem informações da data do óbito, tiveram seis (06) Filhos;

2 - Felipe de Souza Leite, nascido cerca de 1745, em Oeiras, Piauí - Óbito antes 1790, em Valença, Piauí, casado que foi com:

Antônia Maria da Conceição Leal, nascida aproximadamente 1760

Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, tiveram cinco (05) Filhos;

3 - João Américo de Souza, nascido aproximadamente em 1747, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, casado que foi com: Anna Joaquina de Godoy Barros, nascida aproximadamente em 1765, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, tiveram uma (01) filha conhecida até o momento;

4 - Adrianna de Souza Leite, nascida aproximadamente em 1750, Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, casada que foi com: Antônio Borges Teixeira, nascido no dia 28 de janeiro de 1735, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, tiveram oito (08) Filhos; conforme descrição abaixo:

I - Joanna Maria da Conceição, nascida aproximadamente em 1770, na Freguesia de Nª Srª da Victória da Cidade de Oeiras do Piauhy, Bispado de São Luís do Maranhão - Sem informações da data do óbito, casada que foi com: João Nepomuceno Ribeiro, nascido, aproximadamente, em 1765, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, tiveram dois (02) Filhos conhecidos até o momento, que são:

* Manoel, nascido no dia 9 de fevereiro de 1790, na antiga Fazenda da Boiada, Freguesia de Pastos Bons, Bispado de São Luís do Maranhão;

* Valéria, nascida no mês de junho de 1793, em Oeiras, Piauí;

II - Félix Borges de Souza, nascido no dia 1º de setembro de 1772, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, casado que foi com: Suteria Maria do Rosário, nascida aproximadamente em 1775, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, tiveram dois (02) Filhos conhecidos até o momento, que são:

* Joanna de Souza, nascida em julho de 1792, em Oeiras, Piauí;

* Eva de Souza, nascida em agosto de 1798, Oeiras, Piauí;

III - Francisca Maria da Glória, nascida aproximadamente 1777, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, teve um (01) Filho conhecido:

* Adrião, nascido em maio de 1800, em Oeiras, Piauí;

IV - Antônio Borges de Souza, nascido no dia 28 de dezembro de 1778, em Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito;

V - Francisco Borges de Souza, nascido no 15 de janeiro de 1779, Oeiras, Piauí - Sem informações da data do óbito, casado que foi com: Antônia Maria da Trindade, nascido aproximadamente 1777, Sem informações do local de nascimento e a data do óbito, tiveram três (03) Filhos conhecidos até o momento, que são:

* Maria Borges, nascida dia 23 de maio de 1798, em Oeiras, Piauí;

* Cândida de Souza Leite, nascida aproximadamente 1799, em Oeiras, Piauí;

* Francisco, nascido aproximadamente 1801, em Oeiras, Piauí;

VI - Maria, nascida no mês de outubro de 1781, em Oeiras, Piauí, sem outras informações;

VII - Manoel Borges de Souza, nascido aproximadamente 1783, em Oeiras, Piauí, sem outras informações;  

VIII - Anna, nascida no ano de 1784, em Oeiras, Piauí, sem outras informações;

Portanto, temos uma lacuna na nossa Arvore Genealógica, de uma Geração em aberto, para descobrirmos o nome do casal que, são os Pai de:

ALEXANDRE DE SOUZA LEITE, nascido em 26 de fevereiro de 1814, que é o Tataravô de LAUDIMIRO LEITE NETO, nascido dia 8 de abril de 1934, com aniversário de 91 anos. Todavia, aprouve ao Senhor Deus Todo-Poderoso, Doador da Vida levá-lo e deixar em nossas lembranças o legado, sua determinação, garra, e os bons momentos festivos com a família e amigos;

(*)


Creomildo Cavalhedo Leite é barra-cordense de Santa Vitória, funcionário público, genealogista, historiador e pesquisador, mora em Palmas (TO).


(**) Nota do blog: este importante estudo genealógico é uma homenagem do filho, Creomildo, autor do texto, ao pai que, se vivo estivesse, completaria anos neste mês de abril.