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A Adilina
(Chico Acoram Araújo)
Lembras o dia em que nos conhecemos?
Primeiro de abril daqueles alegres anos de mocidade.
Um baile de sábado à noite, eu andava a cidade.
Dia da mentira? Não. O início de um grande idílio e duradoura amizade
(florescemos).
Ali, tão perto, uma linda mulher me aguardava; serena
e ausente.
Parece que estavas ali há séculos, contente.
Sem, contudo, me conhecer,
Para dançarmos, naquela alegre noite, uma bela canção
de um romântico anoitecer.
Querida parceira, minha estrela-guia e boa mãe - meu
bálsamo,
Sem aquele Bendito dia de desmentida mentira,
O que seria da nossa vida, que agora tanto prezo e aclamo?
Decerto, em uma outra ocasião, o conspirador Destino nos
uniria em abençoada lira.
E, se ao longo dessa caminhada de indelével fervor
Meu coração, em desatento momento, cometeu algum
desatino,
E porventura tenha te ofendido em demasiado sentimento
de dor,
Suplico teu perdão, pois tu és generosa e tens na alma
o amor inspirado no Divino.
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