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José
Ribamar de Barros Nunes*
Muito justamente, a história recebe o
conceito de mestra da vida. Observo, porém, um detalhe que me parece
importante. As lições dessa mestra sapientíssima, às vezes, se me afiguram
lentas...
Explico-me. Os feitos, os episódios, os
casos concretos, revividos e interpretados, muitas vezes (quase sempre) chegam
com atraso, quando Inês já está morta, como ressalta a sabedoria popular
inconformada.
Minha observação negativa decorre de uma
realidade histórica incontestável. O mundo se digitalizou e globalizou. A meu
ver, a história e os historiadores podem e devem tornar-se mais rápidos.
Costumo elogiar e destacar a invenção do
telefone. No dia vinte de julho de 1969, o mundo se extasiou com a conversa, ao
vivo, da terra com a lua, do Presidente Nixon que viu e ouviu os astronautas
que ali aterrissaram. Foi fantástico...
Faço tais comentários para relatar e
ressaltar um episódio ocorrido há noventa anos e que eu (e acredito que muita
gente) desconhecia. Três heróis brasileiros executaram um feito grandioso. Eles
percorreram entre troncos, trancos e barrancos a Carretera Panamericana, a
maior do mundo e chegaram, de carro, até Nova York. No percurso penaram e
passaram fome.
Na época foram exaltados e recebidos
pelo presidente americano e brasileiro. Mas o grande feito logo caiu no
esquecimento e nem suas famílias foram homenageadas.
Aqui e agora, noventa anos depois, faço
esse resgate histórico, social e patriótico.
Viva os três brasileiros que fizeram
essa maravilhosa odisseia. O governo e a indústria automobilística deviam pedir
desculpas e perdão aos três heróis e suas famílias.
Não relatar e divulgar episódio e feito
tão grandioso parece-me negligência imperdoável.
*José Ribamar de Barros
Nunes é assessor parlamentar e autor de Duzentas Crônicas Vividas
E-mail:
rnpi13@hotamil.com
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