quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

CRÔNICAS VIVIDAS – VALOR DO SOFRIMENTO

Imagem extraída de Pedagogia Quântica




José Ribamar de Barros Nunes*

No último dia de 2017, ao receber o troféu “Mário Lago”, o ilustre, conhecido e endeusado cantor e ativista Caetano Veloso declarou alto e bom som que os sofrimentos para ele não valeram nada, embora reconhecesse que outras pessoas pensem ao contrário.
A mim e creio que a muita gente causou  espécie sua afirmação, pois ela contraria o pensamento e os exemplos de grandes figuras da humanidade, como Santo Agostinho, Chico Xavier e tantos outros.
Pessoalmente, boto muita fé no valor terapêutico, pedagógico, pessoal e social da dor como fonte de inspiração, aprendizagem e superação. Muitos exemplos práticos provam e comprovam essa tese. Desconheço quem não tenha vivido ou pelo menos observado casos concretos.
Não se trata de considerar o sofrimento em geral como um bem ou uma escola, muito menos de aplaudir a miséria social e pessoal que a maioria da sociedade aguente todo o mal que advém da natureza ou da desigualdade social. Pessoalmente, digo que meu corpo, alma e coração não compreendem nem aceitam a teoria espírita de dívidas passadas...
Penso que o sofrimento de qualquer origem pode proporcionar superação e momentos felizes e reflexivos. Aquilo que não trouxer alegria e felicidade há de ser evitado, enfrentado e resolvido para o bem geral e comum da sociedade e do indivíduo.
Julgo lamentável, incompreensível, arrogante e exorbitante a manifestação do ícone do Tropicalismo. Sem dúvida, a luta entre os deuses do bem e do mal parece eterna...

*José Ribamar de Barros Nunes, Assessor Parlamentar, é autor de Duzentas Crônicas Vividas

E-mail: rnpi13@hotmail.com

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