Foto ilustrativa by Google |
(José
Ribamar de Barros Nunes)*
Recordar é viver. Concordo. Acho isso
uma verdade incontestável.
Em fevereiro de 1964 vivi um dos dias
mais felizes e alegres. E não tenho
vergonha de confessá-lo. Cheguei quase à euforia ao receber minha
carteira nacional de habilitação.
O tempo foi correndo. Precisei renová-la
diversas vezes. Agora, mais de meio século transcorrido, nem dirigindo mais,
fiz questão de renová-la. Não foi muito fácil. Tive de provar vigor físico,
mormente oftalmológico.
Confesso que, como naquela longínqua
data, vibrei muito com a renovação da carteira e com a satisfação cívica de
estar em dia com o DETRAN.
Comentando isso, tenho um objetivo.
Relembro a mim mesmo, aos amigos e leitores que a felicidade, desejo inato do
ser humano, nem sempre resulta de
grandes vitórias nem de acontecimentos espetaculares ou olímpicos.
Eventos ou fatos simples e até
simplórios podem causar felicidade ou renovar alegrias. Além disso, os sábios
antigos já proclamavam que os trabalhos e fadigas passados são agradáveis (Acti
labores iucundi).
Refletindo bem, observa-se que pequenas
cousas, um bom dia, uma palavra, uma frase, um aperto de mão, uma flor, um
incentivo, um conselho, um olhar compreensivo podem pesar e tornar momentos
felizes, ainda que rápidos.
Muita gente até filosofa afirmando que a
felicidade geral e absoluta não existe, existindo apenas momentos felizes. Sou
um dos que rezam por essa cartilha do povão. E você?
(*) José Ribamar de Barros Nunes é autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.
E-mail:
rnpi13@hotmail.com
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