José
Ribamar de Barros Nunes*
Muita gente se preocupa só com o
presente e despreza os outros dois momentos, ou seja, o passado e o futuro.
Alguns exageram e afirmam que só interessa o dia de hoje. Na verdade, os três
momentos não se confundem. Interligam-se e se inter-penetram.
Na sessão da Câmara dos Deputados que
discutia a autorização para que o supremo Tribunal Federal julgasse o
Presidente da República um grande número de parlamentares invocou e analisou
esse tema nas suas considerações e votos.
Uma decisão de hoje não pode
desconsiderar o ontem nem muito menos o amanhã. É mister ver e rever o que
aconteceu, o que está acontecendo e também o que vai acontecer. Os momentos se
ligam e se complementam. Não sei dizer, avaliar e pesar qual o mais importante
ou pesa mais na balança da vida.
E aqui surge um conceito importante e difícil
de definir, sobretudo de se entender, compreender, discutir e resolver.
Refiro-me ao famosíssimo “império das circunstâncias”.
Ele se afigura um misto de fatos, ações
e reações que nem sempre se encadeiam. Em suas decisões mais importantes e
finais, muitos líderes desabafaram afirmando que não tinham outra solução a
tomar. Eu diria que se trata de um momento ou fato sem opções, sem
alternativas. O veredito se impõe. Não existe o amanhã. A pessoa somente se
depara com o “aqui e agora”. Consumatum est.
O presente se torna passado. Surge o
futuro. Um novo presente se apresenta... O império das circunstâncias domina e
vence. O palco desaba. A cortina se fecha. O céu se abre ou se fecha... E a
vida continua. O horizonte parece inalcançável...
O império das circunstâncias sempre
domina e vence. A história julga tudo. Nós somos testemunhas oculares...
*José Ribamar de
Barros Nunes, é autor de “Duzentas Crônicas Vividas”.
E-mail:
enpi13@hotmail.com
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