José Pedro Araújo
INTRODUÇÃO
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esde quando estávamos imaginando
a viagem que faríamos a Portugal e Itália, ocorreu-me a ideia de registrar os
principais momentos dela em um documento em forma de diário. Desde então essa
vontade somente cresceu, mas a preguiça sempre venceu a parada até que, no que
pese já terem se passado vários meses, um dia acordei determinado a realizar
este intento. Não deveria ser uma tarefa fácil, especialmente por já terem
decorridos tantos meses daquele acontecimento que catalogo como um dos mais
importantes da minha vida no tocante ao assunto. Todavia, as ferramentas hoje
existentes ajudam a repor o que a memória cuidou de esquecer. Assim foi que
recorri às fotografias, e a própria internet, para relatar, par e passo, o que
vivemos naqueles dias de grande prazer e inesquecível alegria.
Alguém
já falou que uma viagem para ser inesquecível deve conter pelo menos dois
ingredientes básicos: companhias agráveis e hospedagem com relativo conforto.
Tivemos tudo isso. Do grupo, mais importante, posso dizer que foi formado por
pessoas cuja companhia nos traz imenso prazer e companheirismo: meus irmãos
Jônatas e Benedita, minha cunhada Wilana, seguido dos meus amigos Henrique
Almeida e Ana Lúcia e Fernando Fontenelle e Lair e, obviamente, minha
companheira de todas as horas, Helena. Assim, a viagem foi tomando forma na
nossa mente depois de algumas reuniões para discutir o roteiro que deveríamos
seguir.
A
princípio, decidimos fazer um tour pela Itália, conhecendo alguma das suas
principais cidades, como Milão, Veneza, Florença e, naturalmente, aquela que eu
considero a mais bela e charmosa de todas: Roma. Depois, estudando
detalhadamente o roteiro, o tempo de voo, as conexões e tudo o mais, decidimos
incluir Lisboa no nosso roteiro, decisão que se mostrou das mais acertadas por
tudo que conseguimos passar naqueles poucos dias de estadia em Portugal.
Afinal, depois do longo tempo sentado em cadeiras não muito confortáveis nas
aeronaves que nos levou de Teresina a Brasília, e de lá para Lisboa,
precisávamos de um descanso a fim de concluir a viagem aérea até Milão, ponto
inicial da nossa viagem pelo belíssimo país da bota.
Feitas
essas considerações iniciais, vamos tentar relatar nessas despretensiosas
linhas tudo o que ocorreu ou, pelo menos, o que a memória guardou desses doze
dias que vão ficar para sempre nas nossas melhores lembranças.
A PREPARAÇÃO DA VIAGEM
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pesar de não nos consideramos um
novato nessa matéria, em razão das inúmeras viagens realizadas pelo Brasil, e
até mesmo por uma rápida escapada para reconhecimento do Chile, para planejar
uma visita a Europa era preciso contar com a experiência de alguém que já
tivesse se aventurado em algo assim, o que para nós não foi problema, pois
nosso casal de amigos, Henrique e Ana, já havia realizado algo parecido ao que
estávamos pensando fazer. Um problema a menos, então. Acertado o roteiro, fomos
em busca de uma empresa de turismo que aliasse experiência, confiança e,
naturalmente, preços mais acessíveis. A escolha recaiu na Aerovip, da nossa já
conhecida Lenita Medeiros. Ciente do que queríamos, a empresária cuidou de nos
oferecer um pacote de viagem com todos os ingredientes que queríamos,
ajudando-nos, inclusive, na organização da nossa bagagem.
Foi
interessante observar que essas reuniões preparatórias se revestiram de algo
muito prazeroso também, ocasião em que estreitamos ainda mais os laços de
amizade, aumentando a confiança de que tudo sairia a contento, o que, afinal,
mostrou-se perfeitamente de acordo com os nossos sonhos de uma viagem segura,
sem erros ou falhas que pudesse por em cheque tudo o que esperávamos daqueles
dias em terras do velho continente.
Assim,
malas prontas, passagens e documentos nas mãos, embarcamos no aeroporto Santos
Dumont, em Teresina, no dia 21 de março de 2012, às 5:30 horas da manhã de uma
belíssima quarta-feira, quando um sol de raios festivos começava a se levantar
a leste da cidade.
O DIA DA PARTIDA
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sensação de estar iniciando uma viagem como
esta é indescritível. Nesse instante não há mais como desistir da ideia, mas as
indagações se não deixamos nada por fazer, ainda persistem em nossa mente,
agora definitivamente inflamada. Mesmo após o avião já está rolando pela pista
de decolagem, ainda ficamos nos perguntando se não nos esquecemos de nada.
Afinal, os últimos dias de preparativos são frenéticos e passam rápido demais.
A alegria de está iniciando uma viagem desde muito sonhada, contrasta com a
saudade dos nossos que estão ficando, o que só faz aumentar a adrenalina e a
desordem nos nossos espíritos já tão revolto pelas perguntas ainda sem
respostas. Contudo, à medida que o avião
vai ganhando altura, os pensamentos vão se fixando no futuro e a alma vai se
aquietando, a adrenalina baixando e a respiração voltando ao seu ritmo normal.
Não há mais nada a fazer, caso tenhamos nos esquecido de algo. Assim, o melhor
é relaxar e aproveitar o que virá pela frente. E, graças ao nosso bondoso Deus,
tudo correu conforme o planejado sem que nenhum imprevisto viesse atrapalhar
aqueles dias de total enlevamento.
Escolhemos
partir por Brasília em razão do horário de chegada a Lisboa. Saindo por lá - no
que pese termos que voar duas horas a mais do que se saíssemos de Fortaleza - a
nossa chegada a Portugal se daria no inicio da manhã. Assim aproveitaríamos
melhor o nosso curtíssimo tempo de estadia naquele belíssimo país. Foi, de
fato, mais uma das nossas decisões que se mostrou bastante acertada, como
veremos a seguir.
Era
preciso nos juntamos ao resto do nosso grupo que já estava, desde a véspera, em
Brasília, caso do casal Fontenele, e do Jônatas e Wilana, que aproveitaram a
viagem para passar um dia com familiares seus que residem naquela cidade. De
Teresina, logo no dia seguinte, partimos eu e Helena, Benedita, e Henrique e
Ana. E já que teríamos algumas horas de espera, aproveitamos o tempo vago para
visitar alguns pontos interessantes da bela capital do país a bordo de um
ônibus de turismo que parte do próprio aeroporto, trafega por alguns dos pontos
mais belos da cidade e retorna após duas horas para o ponto de partida no aeroporto.
Matamos assim o tempo de espera, até a hora do check-in, revendo a bela obra de
Niemayer, Lúcio Costa e Juscelino, acompanhados pelo batalhão de brasileiros de
todas as partes do país, que transformaram um sonho de Dom Bosco em uma das
obras mais belas do planeta. Ver a moderna arquitetura da Catedral de Brasília,
a esplanada dos ministérios, com seus edifícios perfilados como se estivessem a
guardar o belíssimo complexo de edifícios do congresso nacional, ficou nas
nossas retinas como um paradoxo com a velha e bela arquitetura dos edifícios,
igrejas e palácios da Itália e Portugal. Estilos diferentes, beleza igual.
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