sexta-feira, 18 de julho de 2025

CÁ ENTRE NÓS

Foto do autor por ocasião 40 anos da turma de 1972

Aroucha Filho (*)

 

Agosto de 1972, passado as festividades alvoroçadas dos trotes, evento de praxe para receber os calouros do curso de Agronomia, chegou o dia, de reunidos em sala de aula, iniciarmos o nosso S1.

A primeira leitura que fiz dos colegas, em rápida observação, era de jovens ávidos e interessados pelo curso que escolheram.

De outra banda, o perfil de cada um, eram contrastantes, no vestir, no corte do cabelo, etc....  Uns tímidos, outros extrovertidos, apresentavam uma grande heterogeneidade, de indumentárias e de comportamentos.

Ao correr do tempo, a socialização natural da turma foi expandida, formaram-se equipes de estudos, no entanto o entrosamento era amplo e unificado.  No entretenimento, na prática do futebol, foi formado um time forte em valores individuais e coletivo.

Nos tornamos uma turma homogênea e fisiologicamente orgânica, talvez tenha contribuído para isso as soluções químicas com dosimetrias de NOLETO, aliada à fisiologia da Professora DULCE.

O curso seguia, e todos inspirados nos ensinamentos de TRAJANO, já desenhavam seus futuros. O tempo, senhor do destino, com a facilidade didática de VLADIMIR, era possível vislumbrar como tempo firme, sem previsões de trovoadas.

As metas eram fixadas, o norte de cada um era guiado pela topografia de JOSÉ ROBERTO. Sim, nesse seguir rumo ao norte da vida, seriam necessárias várias deflexões, ora à direita, ora à esquerda, conforme a necessidade do momento para corrigir rumos.

No avançar dos períodos, definidos por S1, S2....S8, o estudo das probabilidades indicava: seria um percurso sem grandes desvios padrão, onde a moda se mostrava clara no gráfico de desempenho da turma, dedutível pela percepção estatística tão bem ensinada pelo REINALDO LIRA.

Pisávamos forte o solo em nosso caminhar, conhecíamos seus horizontes, sua acidez, sua fertilidade, se alguma aridez surgisse, os ensinamentos de CÉSAR VIANA nos proporcionariam ferramentas para torná-lo fértil.

A época de produzir com o nosso labor se aproximava com rapidez, tínhamos que ser firmes e competentes. É certo, que nessa hora vem a timidez, a insegurança, daí é preciso sem temor buscar os experimentos do JAIME, os cultivos da TOINHA, a precisão matemática do MUNIZ, e nada poderia ser afetado pela patologia do GILSON. Por isso, uma boa genética, lembremos CARROCA, faz a diferença.

Na zootecnia de MOREIRA LIMA, definiria o plantel como de pelagem variada, porém de caráter PO.

Agora a colheita, as flores, não esqueci a taxonomia do Dr. PLINIO, que me permite, de maneira sistemática classificar essa robusta árvore formada pela TURMA DE JULHO/76, com morfologia perfeita, bela anatomia, excelente genética e de hierarquia linear e horizontal.

Dos ramos que já se desprenderam, minhas saudades e o meu póstumo afeto.

Aos galhos que persistem, florindo e frutificando, o meu carinho, o meu forte abraço e, a minha alegria de compor com humildade essa grande árvore. 1

7/JULHO/2025.

(*)


José Ribamar Aroucha Filho é engenheiro agrônomo aposentado do INCRA, cronista e compositor.

    


 

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