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Foto do autor por ocasião 40 anos da turma de 1972 |
Aroucha Filho (*) Agosto de 1972, passado as
festividades alvoroçadas dos trotes, evento de praxe para receber os calouros
do curso de Agronomia, chegou o dia, de reunidos em sala de aula, iniciarmos o
nosso S1. A primeira leitura que fiz dos
colegas, em rápida observação, era de jovens ávidos e interessados pelo curso que
escolheram. De outra banda, o perfil de cada
um, eram contrastantes, no vestir, no corte do cabelo, etc.... Uns tímidos, outros extrovertidos,
apresentavam uma grande heterogeneidade, de indumentárias e de comportamentos. Ao correr do tempo, a
socialização natural da turma foi expandida, formaram-se equipes de estudos, no
entanto o entrosamento era amplo e unificado.
No entretenimento, na prática do futebol, foi formado um time forte em
valores individuais e coletivo. Nos tornamos uma turma homogênea
e fisiologicamente orgânica, talvez tenha contribuído para isso as soluções
químicas com dosimetrias de NOLETO, aliada à fisiologia da Professora DULCE. O curso seguia, e todos
inspirados nos ensinamentos de TRAJANO, já desenhavam seus futuros. O tempo,
senhor do destino, com a facilidade didática de VLADIMIR, era possível
vislumbrar como tempo firme, sem previsões de trovoadas. As metas eram fixadas, o norte de
cada um era guiado pela topografia de JOSÉ ROBERTO. Sim, nesse seguir rumo ao
norte da vida, seriam necessárias várias deflexões, ora à direita, ora à
esquerda, conforme a necessidade do momento para corrigir rumos. No avançar dos períodos,
definidos por S1, S2....S8, o estudo das probabilidades indicava: seria um
percurso sem grandes desvios padrão, onde a moda se mostrava clara no gráfico
de desempenho da turma, dedutível pela percepção estatística tão bem ensinada
pelo REINALDO LIRA. Pisávamos forte o solo em nosso
caminhar, conhecíamos seus horizontes, sua acidez, sua fertilidade, se alguma
aridez surgisse, os ensinamentos de CÉSAR VIANA nos proporcionariam ferramentas
para torná-lo fértil. A época de produzir com o nosso
labor se aproximava com rapidez, tínhamos que ser firmes e competentes. É
certo, que nessa hora vem a timidez, a insegurança, daí é preciso sem temor
buscar os experimentos do JAIME, os cultivos da TOINHA, a precisão matemática
do MUNIZ, e nada poderia ser afetado pela patologia do GILSON. Por isso, uma
boa genética, lembremos CARROCA, faz a diferença. Na zootecnia de MOREIRA LIMA,
definiria o plantel como de pelagem variada, porém de caráter PO. Agora a colheita, as flores, não
esqueci a taxonomia do Dr. PLINIO, que me permite, de maneira sistemática
classificar essa robusta árvore formada pela TURMA DE JULHO/76, com morfologia
perfeita, bela anatomia, excelente genética e de hierarquia linear e
horizontal. Dos ramos que já se desprenderam,
minhas saudades e o meu póstumo afeto. Aos galhos que persistem,
florindo e frutificando, o meu carinho, o meu forte abraço e, a minha alegria
de compor com humildade essa grande árvore. 1 7/JULHO/2025. (*) José Ribamar Aroucha Filho é engenheiro agrônomo aposentado do INCRA, cronista e compositor. |
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