sexta-feira, 29 de setembro de 2017

GRITOS E GEMIDOS NA CADEIA VELHA




José Pedro Araújo

        Morar próximo a uma cadeia pública deixa um acúmulo de lembranças macabras na sua memória. Todas elas tristes, incompreensíveis. Construída na Praça Diogo Soares, em cuja proximidade fica o Oton Hotel, acredito que a cadeia pública do Curador tenha sido uma das obras realizadas pelo prefeito Ariston Leda. As primeiras lembranças que me vêm daquele vetusto prédio, era a de uma casa velha tristemente abandonada, suja, paredes cheias de buracos, piso de ladrilho encardido, uma péssima visão. Mas as piores lembranças que me ficaram foi do povo que era alojado por lá; dos gritos e lamentos provindos de lá.

       As noites de uma cidade pequena, em que reina a escuridão, são propícias para se ouvir tudo o que de bom ou de ruim acontece enquanto a escuridão comanda tudo, desde o canto dos galos notívagos, até mesmo as falas, os assobios, os cânticos de pessoas que transitam pelas ruas em horas em que a maioria dos outros humanos já está recolhida para dormir. Na minha casa, situada no início da Rua Grande, bem pertinho do local que aqui descrevo, dormíamos, eu e mesmo irmãos, na sala de estar, primeiro cômodo da casa, logo na entrada. Só muitos anos depois fomos aquinhoados com um quarto somente nosso, como já possuía um a minha única irmã. Todavia, essa localização tinha as suas vantagens também. No dia seguinte dávamos conta de tudo o que acontecera na rua na noite anterior, pois, como já adiantei algumas linhas acima, dava para ouvir até mesmo o arrastar das sandálias das pessoas que transitavam pela rua quando as portas já estavam cerradas para mais uma noite de sono. Aliás, aquela sala na entrada da casa foi depois transformada, definitivamente, em quarto, e ainda hoje quem dorme por lá é incomodado com a barulheira que brota da rua, hoje muito maior em razão da quantidade de carros e motos que transitam por ali.

Entretanto, o barulho que ainda permanece vivo na minha lembrança é o dos gritos e lamentos provindos da velha cadeia pública situada a pouco mais de uma centena de metros do meu dormitório. A pequena distância e o profundo silêncio da noite permitiam que se ouvissem toda a gritaria e pedido de clemência que brotavam daquela casa de detenção. Até parece que os soldados responsáveis pela manutenção dos presos em regime fechado tinham predileção pelo horário noturno para aplicar-lhes as suas reprimendas ou mesmo tomar os seus depoimentos. O certo, é que não foram poucas as vezes em que acordávamos com o choro e as lamentações dos pobres miseráveis que passaram por ali. E pelo tamanho diminuto da cidade, até que foram muitos.

         Um dos casos que mais me marcaram foi o de um pedreiro acusado de ter furtado algo em uma casa de família importante, quando lá prestava serviço de construção ou reforma. Esse caso ficou bem marcado porque o pedreiro era muito conhecido e respeitado pelas maneiras gentis e afáveis com que tratava a todos. Mais ainda pela forma elegante com que se vestia ao terminar mais um dia de puxado serviço. Era assunto entre todos que ele se trajava elegantemente ao deixar a obra para retornar para casa. Não relaxava uma calça de linho bem engomada, uma camisa de fina de cambraia de linho sem um vinco, complementado por sapatos limpamente engraxados e polidos. O mulato completava o quadro de asseio com uma boa dose de perfume que deixava um rastro por onde passava, e pelos cabelos encaracolados devidamente penteados e alisados com uma boa quantidade de brilhantina Glostora. 

          Pois foi esse fino dândi inglês acusado de furto em uma das casas em que trabalhava na época. Parece que sumiram de lá algumas joias da patroa, e recaiu sobre o pobre profissional a culpa pelo seu desaparecimento. Para os donos da casa não havia dúvida: o único estranho por ali era o pedreiro, pois a outra pessoa da casa que não era da família, era uma moça que já trabalhava lá desde muito tempo e, portanto, sobravam as suspeitas para ele. Mesmo sem nunca ter sido ele acusado de qualquer prática parecida com a supressão de bens de outra pessoa. O homem foi trancafiado na velha cadeia e vitimado pelos velhos costumes de se tomar o depoimento de pessoas com o estimulo de uma pesada palmatória esculpida em fornido pedaço de pau d’arco. Nessa noite a palmatória cantou desabusada e os gritos de pedido de ajuda do pobre homem transpuseram as paredes sujas e esburacadas do velho presídio. Foi uma noite de terror que trouxe profunda contrariedade a minha mãe que sempre disse se tratar de uma grande injustiça, a acusação sem provas que pesava sobre aquele rapaz.

           Todavia, debaixo de uma saraivada de palmadas nas mãos e de socos e pontapés, a noite nem havia terminado e o acusado já confessava o crime para escapar do massacre a que era submetido. Fora ele sim, afirmou na frente dos seus algozes. Só não lembrava mais em que local havia deixado o produto do seu crime. E tome mais bolo nas mãos já inchadas. E na manhã seguinte, como sempre faziam para desmoralizar o preso, conduziram-no, após terem lhe raspado a cabeça, rua acima e rua abaixo para toda a comunidade vê-lo.

           Causou completa perplexidade e comoção a visão daquele rapaz sendo conduzido daquela forma. Não foram poucos os que acreditaram que se cometiam uma grande injustiça com aquele trabalhador. Afinal, quem não admitiria culpa ou ter praticado os piores crimes depois de passar por tão grande suplício? E de fato estavam certos aqueles que acreditaram na sua inocência. Não demorou muito e a empregada da casa em que o crime havia acontecido terminou por confessar que ela praticara o furto das joias da patroa. Alegou que tinha verdadeira fixação por elas, e não resistira a presença de um estranho na casa sobre quem poderia recair toda a culpa. Não previra que, até mesmo o seu coração ardiloso também haveria de ser tocado pela triste visão daquele inocente sendo exposta de maneira tão vil e desonrosa.

           Para tristeza de muitos, o inocente, que além de todos os atributos que já enumerei acima, possuía uma boa dose de vergonha na cara, logo que se viu liberto, juntou as suas coisas e tomou rumo ignorado. Nunca mais se ouviria falar dele naquela comunidade. Dos seus inquisidores, nem um pedido de desculpa foi emitido aos cidadãos do Curador. Como sempre.

Esse foi apenas um dos casos acontecidos na cadeia antiga.

Certa feita, a cidade foi acordada pelo rumor de que, na noite anterior, muitos presos haviam se evadido de lá, alguns muito perigosos, depois de arrombarem uma das paredes da cela. Como a maioria da população, fui ao local para verificar o ocorrido e me deparei com um buraco de grandes proporções perfurado na parede de fundo que dava para um terreno baldio ao lado. Esse foi só um dos casos de fuga de presos naquele presidio, o que culminou com a desativação do triste cárcere da cidade.  E com isso, o velho costume de conduzir os acusados por furto pelas ruas da cidade, também foi abolido. Começava, depois disto, a história da goiabeira sinistra da prefeitura.

As noites nas imediações da Praça Diogo Soares passaram a ser tranquilas, sem o som terrível de choro e lamentações. O barulho mais ouvido por lá, passou a ser o do canto dos galos anunciado a meia noite ou o surgimento de uma nova aurora. 


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Diário de Fralda (Parte 29)



(Empolgado com o nascimento da sua primeira filhinha, papai Bruno começou uma brincadeira que logo caiu no gosto de todos: a produção de um diário que ele convencionou chamar de “Diário de Fralda”. Diante disso, o blog resolveu publicar semanalmente o depoimento da Lavínia que, em último caso, vem a ser a netinha do coordenador do Folhas Avulsas).


SEMANA 32 – Aventuras na Verdecap!


(Bruno Giordano)


233º DIA: “Estou nesse dia fazendo oito meses de exploração nesse planeta e resolvi me entregar ao meu animal interior! Descobri que sou uma tigresa! Eu e minha loba gigante rugimos juntas RRRUUUUUAAAAA!!!” - Lavínia, a tigresa!

234º DIA: “Minha genitora, também conhecida como aquela que tudo sabe, preparou mais essa comemoração mensal! Está nomeada minha personal party organizer! Parabéns! Valeu! Ps. O servo careca cumpriu bem seu papel de Bobo da Corte! Minha corte kkkkkkk! Não atrapalhou muito! Kkkkkk!” - Lavínia, a tigresa dentes de leite!

235º DIA: “Para que correr se eu posso galopar esse corcel puro!? Aaaaiioooooo, silver!” - Lavínia, a amazona solitária!

236º DIA: “Eita! Amanhã vou partir em uma aventura com minha genitora!!! O servo careca que me aguarde! Vou pegá-lo de surpresa!” - Lavínia, a surpreendente!

237º DIA: “Cansei de esperar o servo careca e resolvi correr para a cidade do sol para encontrá-lo! Ai dele se não me esperar pra jantar! Ai dele!” - Lavínia, a impaciente!

241º DIA: “A viagem para a terra do Sol foi repleta de novas experiências! Mergulho submarino, giro rápido pela via láctea e frutas exóticas... um tal de morango... não gostei muito ... urgh! - Lavínia, a carnívora!

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

ALDA, A NOIVA DO VESTIDO TINTO DE SANGUE.

Gravura by Google



(Chico Acoram Araújo)*

                A jovem Alda levantou-se muito cedo do dia nove de julho de 1961. O pai e a mãe, também. Alguns instantes depois, todos os moradores da casa estavam de pé. As lamparinas foram acesas. Um murmurinho na casa não demorou.  As vozes dos pais e de seus irmãos confundiam-se no recinto. A barra do sol começava a alumiar no horizonte distante. Assim como as demais noites do mês de julho, a madrugada estava friorenta, em contradição com os dias de temperaturas elevadas do período, clima característico dos munícipios da região Norte do Piauí. Toda a família estava feliz. A alegria era geral. O domingo prometia ser esplêndido.
A moça dirigiu-se para um rústico banheiro localizado nos fundos do quintal da casa da família, próximo ao poço d’água. O líquido que acabara de retirar do poço mantinha-se ainda um pouco morno apesar do frio da noite. Caprichou no asseio pessoal com esmero, ensaboando-se com um perfumado sabonete presenteado pelo seu amado noivo no dia de seu aniversário de dezenove anos de idade que acontecera quatro dias antes. Nesse dia não houve comemoração. A festa, na verdade, seria no próximo Domingo; o dia mais esperado de sua vida: seu matrimônio.
Com ajuda da mãe e amigas vizinhas, Alda vestiu o cobiçado vestido branco de noiva. Este, porém, confeccionado em tecido modesto e sem muitos detalhes. Perfumou-se. Enfim, a moça paramentou-se para a grande cerimônia de casamento a ser realizado logo mais, às oito horas, na igreja de Nossa Senhora da Conceição.
O noivo chamava-se Francisco Gomes, mais conhecido como Chico Gomes. Um moço muito trabalhador e bem-conceituado na comunidade em que ambos moravam. No alpendre da modesta casa de alvenaria, nos finais de semana, o casal de noivos planejava formar um lar, ter filhos e viver dignamente nas graças do Senhor.
Segundo um excelente documentário, em forma vídeo, produzido por alunos do 2º Ano do Ensino Médio do Educandário Santo Antônio, em Barras-PI, nos revela que Alda Rodrigues da Silva, filha de humildes lavradores, nasceu no município de Sobral no Estado do Ceará. O citado documentário relata, dentre outros fatos, que ainda pequena, Alda mudou-se para Barras, no povoado conhecido como Luís de Sousa, localizado na zona rural Leste, não muito distante do perímetro urbano da cidade de Barras do Marataoan. Os pais, Manoel Rodrigues e Maria Francisca Rodrigues Jorge, e todos seus irmãos vieram para o Piauí em decorrência das dificuldades que enfrentavam no vizinho Estado para suprir a família com mantimentos, provavelmente por conta das condições climáticas que atravessava a maioria dos municípios do Ceará. Nessa época, muitos de seus contemporâneos também vieram para terras piauienses em busca de melhores condições de vida.
Antes das seis da manhã, os familiares e amigos já se encontravam montados em seus cavalos em frente da casa de Seu Manoel Cearense, como era conhecido o pai de Alda. Os jovens noivos também estavam a postos, no meio da animada caravana capitaneada pelo Seu Manoel.  Em clima de alegria, vinte e dois cavaleiros e amazonas partiram em pequenos grupos de quatro a seis pessoas, com destino ao centro da cidade que distava do povoado cerca de uma légua e meia.
Enquanto isso, a mãe de Alda e algumas amigas vizinhas ficaram em casa cuidando do grande banquete que seria oferecido aos amigos e convidados. Na noite anterior, o pai da noiva já havia abatido alguns animais da sua criação, bodes, galinhas e porcos para compor o almoço a ser oferecido aos convidados da festa de casamento. Carne de gado, cozidos, assados, baião-de-dois, farofas, café com bolos de goma e outras iguarias faziam parte do cardápio da festa.
 Quarenta minutos depois, o festivo préstito já se encontrava atravessando a velha ponte de madeira sobre rio Marataoan (construída em 1935) em direção a uma residência que ficava a alguns quarteirões da igreja de Nossa da Conceição. Esta casa, ou rancho como era chamada, servia de ponto de apoio ou hospedaria para pessoas do interior que vinham para a cidade. Os animais ficaram alojados em um cercado por trás da referida pousada. Após os retoques finais no vestuário da noiva e das moças acompanhantes, todos se dirigiram para a igreja da Matriz.
Do alto da igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, demolida em 1963 (antiga capela construída pelo fundador de Barras, Cel. Miguel de Carvalho e Aguiar, em meados do século XVIII), entre as duas torres, o Cristo Redentor com os braços abertos saudava os parentes e convidados dos noivos para a celebração do sagrado enlace matrimonial. Os noivos, silentes, em frente ao grande altar-mor da Matriz, ouviam solenemente o ritual do padre que ministrava o casamento. A cerimônia ocorreu de forma célere. Declaro-os marido e mulher, disse por fim, o religioso.
Segundo meu ilustre conterrâneo Dílson Lages, notório professor, poeta, cronista e escritor, em seu livro “O morro da casa-grande” descreve com perfeição o majestoso altar onde foi realizado o sacramento matrimonial de Alda e Francisco: “O altar-mor de Nossa Senhora da Conceição de Barras era um dos lugares mais exaltados pelos fiéis, principalmente em dezembro. ... No retábulo, os nichos eram ocupados com Nossa Senhora ao centro, sobre o sacrário, ladeada nos demais nichos por Jesus ressuscitado, à direita, e São José, à esquerda. Jarros de porcelana, cobertos de flores, sobre o mármore, contrastavam com numerosos castiçais de prata, nos pés dos quais estava a face de cristo. No topo de retábulo, a imagem do coração de Jesus, acima do qual se assentava em decoração a própria face do Messias, embriagava de fé quem orava. O altar-mor, ao fundo, era a luz do templo; uma luz que se enfraquecia e, dali a poucos dias, apagar-se-ia para sempre. ” De fato, em 1963 houve a demolição desse templo religioso de estilo colonial, lamentavelmente. Creio que a decisão mais sensata da autoridade religiosa da época fosse a restauração desse belíssimo templo católico.
 Após a cerimônia de casamento, todos retornaram para o rancho em busca das suas montarias. Em seguida, Seu Manoel Cearense e os recém-casados, acompanhados dos parentes e amigos, seguiram de volta para sua casa onde seria servido um almoço aos convidados. Em grupos, todos pegaram a estrada de piçarra em direção à ponte de madeira sobre o rio Marataoan para, em seguida, pegar o caminho de volta para a comunidade Luiz de Sousa. Alda era a última do seu grupo de cavaleiros, dentre os quais faziam parte o marido e sua cunhada e mais três pessoas.
A poucos metros do acesso à ponte de madeira, um ônibus (chamado na época como misto ou horário) que trafegava com destino a Teresina colidiu com o cavalo em que Alda montava, arremessando-a violentamente no chão de piçarra. A moça caiu inerte; apenas um suspiro de dor, e o vestido de noiva tinto de sangue.  O marido em desespero tentou em vão reanimá-la.  A moça veio a óbito ali mesmo no local em decorrência das graves lesões que sofrera. O clamor tomou conta do local. O causador do trágico acidente nunca foi preso, apesar de se entregar à polícia no mesmo dia do acidente.
A comunidade de Luiz de Sousa toda chorou com o infausto acontecimento. O banquete foi recolhido. O caixão com a jovem morta estava ali no meio da sala da casa sob olhares pesarosos dos familiares e amigos. Apenas tristeza e dor. A família providenciou o enterro em um cemitério da localidade, deixando saudades a todos os entes queridos e amigos.
Quem viaja a Barras ou passa por essa cidade, procedente de cidades do centro e sul do Estado, poderá observar do lado direito da pista, tão logo atravesse a ponte de concreto sobre o rio Marataoan, um memorial em homenagem à falecida Alda Rodrigues da Silva, mais conhecida como Finada Alda. Nesse exato lugar foi que aconteceu o trágico acidente que vitimou a jovem recém-casada, e que comoveu todo o povo do município de Barras. Depois da morte da jovem Alda, surgiram as primeiras notícias sobre possíveis milagres atribuídos a sua alma. O Memorial da Finada Alda é um local muito visitado pelos religiosos não só de Barras como também de outras cidades da região. Hoje, a Finada Alda é considerada um ícone para os praticantes da fé católica na cidade de Barras. 

* Chico Acoram Araújo é contador, funcionário público federal e cronista 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Diário de Fralda (Parte 28)



(Empolgado com o nascimento da sua primeira filhinha, papai Bruno começou uma brincadeira que logo caiu no gosto de todos: a produção de um diário que ele convencionou chamar de “Diário de Fralda”. Diante disso, o blog resolveu publicar semanalmente o depoimento da Lavínia que, em último caso, vem a ser a netinha do coordenador do Folhas Avulsas).


SEMANA 31 – Em plena forma física e mental!


(Bruno Giordano)


226º DIA: “Tive que ir para Dagobath para conseguir me reencontrar com a força! Yoda não estava então tive que me contentar com o servo careca como mestre... só achei um exagero ter que correr com ele montado em minhas costas... seria mais fácil com o yoda!” - Lavínia, a mestra padawan!

227º DIA: “Minhas aventuras estão se acumulando! Tanta coisa para descobrir e tão pouco tempo... meu servo careca sumiu novamente num tal de Guanabara ... desse jeito quem vai ser meu motorista?” - Lavínia, a pensativa!

228º DIA: “Já que não tenho a presença do meu servo careca, minha genitora disse que vai me transformar numa boneca! BONECA! Já começo a arquitetar minha fuga desse destino! Kkkkk!” - Lavínia, a boneca!

229º DIA: “Agora que já consigo exercer minha evolução e ficar ereta, estou mais do que pronta para voltar a combater o crime! TãnãnãnãnAãnã nãnãnãnã nãnãnã!” - Lavínia, a menina-morcego!

230º DIA: “Nada melhor que o colo da minha genitora .. com o passar dos tempos meu espírito aventureiro está acalmando e parece que cada vez mais eu quero chamego! Me chamega minha genitora, me chamega!” - Lavínia, a chameguinho!

231º DIA: “Sexta é dia feliz! Nosso time estará completo amanhã com meu servo careca e vamos arrepiar!! - Lavínia, a empolgada!

232º DIA: “A busca por Pokemons lendários nos levou ao Shopping da Ilha Encantada em São Luís! Muitos humanos estranhos, com todo tipo de vestimenta, mas não fiquei intimidada! Arrumei esse Pikachu para completar minha coleção!” - Lavínia, a mestre Pokemon!”