terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

CRÔNICAS VIVIDAS – LÁGRIMAS DIVINAS

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José Ribamar de Barros Nunes*


Em meus escritos, várias vezes, falei de pranto. Creio que descobri vários e variados tipos de lágrimas, explosivas, escondidas, escandalosas, tranquilas, abundantes, de crocodilo, etc.
Com muita frequência, em momentos diversos, elas brotam barulhentas, silenciosas, caladas, violentas, inesperadas, instantâneas. No pódium, na maternidade, em velório, na rede, na sala, na rua, na praça, na igreja, elas não têm hora nem lugar certo. Na minha vida longeva, já testemunhei tal variedade em muitíssimas ocasiões.
Matutando e divagando, já enumerei dezenas delas. Agora, juntando-as, dou-lhes mais um adjetivo: Lágrimas Divinas. Chego a imaginá-las como um dom dado pelo criador a todas as criaturas. Controladas ou não, o ser humano derrama-as para si, para o próximo ou para a humanidade.
Costumo dizer que diariamente, rio e choro e a explicação é fácil. A mídia e as páginas policiais mostram em abundância fatos, fotos, episódios e eventos tão diversos que revelam toda a complexidade do ser humano, mistura de sentimentos bipolares, de belzebu e do criador.
Dizem que o mestre dos mestres nunca foi visto sorrindo; chorando, porém, muitas vezes. Com essa diversidade tamanha em tudo e todos, a humanidade segue sua marcha inexorável, sorrindo e/ou chorando.

(*) José Ribamar de Barros Nunes é Assessor Parlamentar do Senado Aposentado. Como cronista é autor de “Duzentas Crônicas Vividas”.

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