José Pedro Araújo
Não há quem não sinta a alma se
elevar e o espírito ganhar um sentido mais reflexivo nesse momento do ano tão
importante para os cristãos, quando comemoramos o nascimento de Cristo. O Toque
dos sinos, as músicas e os cânticos alusivas ao período nos trazem recordações
que nos transportam até os longínquos dias da nossa meninice. Eu, por exemplo,
já tive a oportunidade de relatar essa autêntica viagem ao passado lá no meu
interiorzinho em que não tínhamos panetone, chocolates, uvas passas ou perus de
pesando dez quilos ou mais (ou o Chester, Blesser, e até mesmo o pernil já
pronto para ir ao forno). Lá, quem podia engordava o seu próprio peru,
sacrificava o pobrezinho e o enchia com farofa com seus próprios miúdos para o levar
ao forno da padaria.
Na minha casa comemorávamos
diferente. Acorríamos à Igreja Cristã Evangélica para nos juntarmos à grande
família cristã que festejava o verdadeiro sentido natalino entoando cânticos e
assistindo belas performances teatrais em que o verdadeiro homenageado era incensado
e louvado. Tudo sob as luzes brilhantes de uma bela árvore natalina feita a
partir de um frondoso galho de pitombeira. Nada de sacrificar o peruzinho de
basta plumagem e cabeça avermelhada, porém. Ou entornar litros e mais litros de
vinho.
Aliás, o galináceo em seu estado
selvagem era originário das regiões geladas da América do Norte, e atribuem a
ele esse nome por se achar em Portugal durante o século XVI que o bípede
emplumado ali consumido provinha do País sul americano. Mas a ave tal como a
conhecemos hoje, foi domesticada no México, e virou um dos símbolos do natal.
Mas nem todos comemoram da mesma
forma o período que para nós é tão importante. Os Islamitas árabes em sua quase
totalidade), consideram Jesus apenas um dos cinco profetas que vieram para
divulgar a palavra de Deus aos homens. E, apesar de respeitarem a data, não a comemoram
como os cristãos. Os Budistas também não
comemoram o evento. Apenas respeitam a tradição, mas consideram Jesus apenas um
ser de sabedoria elevada. Para os Judeus, conterrâneos de Cristo, até
reconhecem a sua existência, mas não o cobrem da mesma santidade que nós. Lá,
eles comemoram o Hanukah, a festa das luzes, e relembram as vitórias contra a opressão
e a perseguição. Para os Hindus é tempo de festejar as luzes e adorar a energia
divina. Para os Xintoístas japoneses o
25 de dezembro é apenas uma festividade comercial, e, finalmente, para os Taoistas
chineses, não tem qualquer significado divino. Louvemos nós ao Senhor Jesus
Cristo pelo seu aniversário de nascimento!
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO
NOVO A TODAS AS NAÇÕES DA TERRA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário