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José Pedro Araújo
O propósito destas mal traçadas
linhas não é ministrar conselhos ou assustar quem já está repleto de problemas,
mas tão somente levantar alguns fatos históricos que levaram a sustos tremendos
em decorrência de doenças que se alastraram sobre a população do meu velho
Curador, bem como do mundo inteiro. No momento em que uma pandemia causada por
um malfadado vírus apavora e vitima o mundo inteiro, estamos nosotros aqui aprisionados
no nosso próprio lar com medo de engrossar as estatísticas que são alardeadas
pela imprensa, sobretudo pelos veículos jornalísticos de um determinado grupo
de comunicação deste sofrido país que propugna por espalhar o pânico em uma
população já amedrontada e a alardear o fim dos tempos.
Até já deixei de ligar o rádio e
a TV nos programas noticiosos e passei a assistir tudo o que a NETIFLIX e o Youtube
podem nos oferecer em termos cinematográficos. Se tiver que me atingir, o
maldito bichinho gestado na distante China, vai me pegar de frente para a TV
comendo pipoca e divertindo-me com boas películas.
Como o nosso propósito aqui é, antes
de tudo, de cunho histórico, e não de saúde pública, começo falando que, vez
por outra, o mundo é afetado por uma epidemia(pandemia?) que grassa sobre as
nações e dizima parte da sua população. Existe até uma tese corrente nos dias
de hoje de que isso acontece de 100 em 100 anos para o controle da população
mundial. Se é assim, temos uma ação da natureza ou é uma prevenção divina, que
visam evitar uma superpopulação no mundo? De já afirmo não acreditar nem em uma
coisa nem na outra. E para nosso pavor, dizem alguns que o tal vírus chinês foi
gestado em laboratório para atingir a humanidade e nos tornar reféns de grandes
laboratórios farmacêuticos. Também não acredito nem um pouco nisso.
Mas eu ia aqui dizendo que, de
tempos em tempos, o mundo é assustado pelo aparecimento de alguma epidemia catastrófica
que leva ao túmulo centenas de milhares ou até milhões de pessoas. Menos mal
que já temos a ciência para vir em nosso socorro com rapidez que lhe é possível
e terminar por afastar de nós o mal do momento. Ai sim, acredito piamente,
entra a natureza a nos açular com alguma peste, e corre em nosso socorro o
poder divino como a inspiração para o homem se proteger de seus efeitos.
E isso tem sido mais comum do que
imaginamos. Leio aqui em uma edição do jornal Pacotilha - O Globo de 1953, que
uma epidemia de gripe grassava os estados unidos da américa naquele momento, “em
muitos estados, boa parte dos operários está faltando ao trabalho, e dezenas de
escolas foram fechadas”, afirmava o jornal. Além do mais, “muitas universidades
foram transformadas em hospitais”.
Por sua vez, este mesmo jornal em
outra edição do mesmo ano de 1953, alardeava catastroficamente: “Na cidade
para onde saiu o prêmio maior da loteria do natal, o povo morre vítima da peste”.
Noticiava assim que a Peste Amarela Silvestre já havia matado mais de 26
pessoas na pequena cidade de Presidente Prudente, S. Paulo, e que outras 48 se
achavam hospitalizadas no mesmo hospital da cidade com sintomas da peste. Dizia
isto em letras Caixa Alta, enquanto afirmava que nesta mesma cidade duas
pessoas haviam ganho o maior prêmio lotérico do país. Algo parecido com os dias
de hoje?
Alguns exemplos de grandes pandemias
que assolaram o mundo:
1 - Peste Negra - Foi a primeira pandemia que se encontra com registros, e a maior da história. Teve origem na China, e aconteceu no século XIV, dizimando um terço da população europeia. Afirmam os historiadores ter sido a causadora de revoltas de camponeses em diversos países, e até mesmo a indutora também da Guerra dos Cem Anos, travada entre Inglaterra e França. Atribui-se a ela a maior mortandade de pessoas.
2 - Gripe Russa (Vírus H2N2) – Em 1899 a 1890,
apareceu na Rússia e dizimou mais de 1.500.000 pessoas no mundo inteiro. No
Brasil vitimou até mesmo o imperador D. Pedro II, que, entretanto, escapou com
vida.
3 - Gripe Espanhola – Esta pandemia apareceu
nos anos de 1919 a 1920, e consta que matou um contingente de mais de
100.000.000 de pessoas no mundo inteiro. Apesar do nome, dizem ter aparecido o
tal vírus nos EUA, contudo a Espanha ficou com a pecha por ter sido o primeiro
país a divulgar esse flagelo. Aqui no nosso país o caso foi tão sério que levou
a óbito o Presidente da República, Rodrigues Alves.
4
- Gripe Asiática – Mais um vírus com a
naturalidade chinesa, pelo que consta – este aconteceu entre os anos de 1957 e
1958, e levou ao túmulo mais de 2.000.000 de pessoas no globo. O mundo reagiu
rápido e as vacinas imunizantes debelaram a epidemia. Uma edição do Jornal
Pacotilha Globo, de São Luís, de 12 de outubro de 1957, afirmava que até aquela
data havia registros da morte de cerca de 293 pessoas no país até ali. É lógico
que esses números estavam muito reduzidos em razão da dificuldade de coligir
números em um país do tamanho do nosso e com as dificuldades de acesso às
informações reais.
5 -Gripe de Hong Kong – outra vez a Ásia na
jogada e, não por acaso, um território que hoje pertence à China – essa aconteceu
mais recentemente, entre os anos de 1968 e 1969. Contabilizam-se mais de
3.000.000 de mortos no mundo. Dizem que os aviões se encarregaram de levar o
vírus para todos os países mais rapidamente. Não teve tanta divulgação no Brasil, apesar de
terem morrido muitos desta peste por aqui.
6 - Gripe Suína – consta que o vírus sofreu
uma mutação no México, e passou a infectar humanos também. Essa teve uma
resposta rápida dos órgãos de saúde e, segunda as estatísticas, matou em trono
de 17.000 pessoas no mundo inteiro. A maioria jovens notívagos e que apreciavam
as baladas. Aconteceu entre 2009 e 2010.
7 -
Gripe Aviária – se deu entre 1997 e 2.004,
e transitou mais pela Ásia, África e Europa. Matou poucas pessoas, em trono de
300, mas tiveram que dizimar os rebanhos de aves para evitar o alastramento do
flagelo. Somente no ano de 1997, quando
o vírus foi identificado, mais de 1.500.000 de aves foram abatidas. Os
primeiros casos em humanos foram detectados em Hong Kong, na Ásia.
Com podemos ver, a população
mundial é sempre perseguida por uma epidemia mortífera que vem nos assustar e
nos fazer lembrar que, apesar dos cuidados e das descobertas da ciência, sempre
acham um flanco aberto para nos atacar.
O velho Curador, por exemplo,
passou por momentos aterrorizantes em um período em que não tínhamos hospitais,
clinicas, postos de saúde, e até mesmo farmácias sortidas com os medicamentos
necessários debelar a doença. Refiro-me ao ano de 1957. O jornal A Pacotilha- O
Globo, de São Luís, edição do dia 27 de agosto de 1957, alertava que uma “Estranha
Epidemia Grassa Em Presidente Dutra”. O texto dizia que “Violento surto de
febre contagiosa inteiramente desconhecida, estava se alastrando assombrosamente
em toda a cidade de Presidente Dutra, vitimando famílias inteiras. Afirma-se
que mais 40 casos já haviam sido registrados ali”. Afirmava a nota que um famoso médico havia
sido enviado para o município, o Dr. Milton Ericeira, um dos mais conhecidos da
capital. O jornal alertava que a população estava apavorada com o surto que
atingia a cidade.
No mesmo jornal, dizia-se que o médico
que deveria atender ao município, Dr. Américo de Souza, estava ausente da
cidade há mais de três meses, e havia deixado a população à mercê da epidemia, para
gozar os benefícios do litoral piauiense. Dias depois, o mesmo noticioso
publicou uma nota dizendo que o citado esculápio havia procurado o jornal para desmentir
o fato, dizendo que havia viajado a Teresina para se casar.
Afora este fato narrado, quem não
lembra dos ataques sistemáticos das febres terçãs que assolavam o município, o
tal impaludismo, ou malária. Vinha em anos sucessivos e levava a óbito muitas pessoas.
E o sarampo, o que dizer. Em épocas passadas essa doença atacava nove entre dez
crianças da região. Depois, tudo foi controlado com o aparecimento das vacinas.
É o que vai acontecer também com esse vírus, o tal Covid 19. Logo alguém vai
descobrir um imunizante para interromper a sanha maligna desse aterrorizante
malfazejo.
Precisamos somente pedir a Deus
que seja logo. E enquanto isso, vamos adotar as providências suscitadas pelas
autoridades de saúde para nos protegermos do bichinho doido. Uma verdade precisa ser dita: todas as crises
foram superadas, e a humanidade continuou a sua caminhada sobre a terra que lhe
foi destinada pelo Altíssimo. Juízo, paciência e caldo de galinha nunca fizeram
mal para ninguém!
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