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A INOCÊNCIA DA CRIANÇA
Coordenação: Raimundo Clementino Neto
1 - A inocência da criança
É sublime; é de louvor!
É bastante divertida
Na cidade e interior.
No inverno ou no verão
Nas ruas, no ribeirão
Ela brinca sem temor.
2 - Lembro quando era criança,
Correndo na capoeira,
Nas matas e nas veredas
Sem sentir qualquer canseira,
Comendo frutos do mato
Ou pescando no regato,
Pulando da ribanceira.
3 - Na cidade, ainda criança,
Depois da escola, na rua
Ou nas sombras dos quintais,
Sem medo da sorte crua
Brincava para valer
Sem esquecer o saber
P’ra que a vida não se “estrua”.
4 - Hoje, a vida de criança
No campo ou na cidade
Mudou; está diferente!
Pois não há tranquilidade
É de muito se espantar;
Futuro é de arrepiar
Mundo cheio de maldade.
5 - As nossas crianças de hoje,
Não são como antigamente.
Não andam com pés descalços.
Hoje, tudo é diferente!
Não pega bicho-de-pé,
Não arranca a unha do pé
Com topada que nem sente.
6 - Atualmente, as crianças
Não sobem nas goiabeiras,
Nem pés de manga e cajá.
Não “banham” nas biqueiras
Das casas, nas chuvaradas;
E em noites enluaradas,
Não fazem mais brincadeiras.
7 - Hoje, nossas criancinhas
Nas ruas brincar não vão
Por conta da tal violência.
E as drogas que lá estão
Com as suas armadilhas
Montadas pelas quadrilhas
Sempre que de prontidão.
8 - Com um pouco de insensatez
Eu me lembro de detalhe
Que na infância a gente fez
Com pouca maturidade
Daí tenho saudade
De ser criança outra vez.
9 - Feito de boa historinha
Contada com muito amor
Pela minha vovozinha
Ela embalou o meu sonho
Depois do dia enfadonho
E eu dormi, belezinha.
Participantes da Oficina |
10 - Do nascimento a infância
São fases, muito sucinta
Prepara para distância
Tem essa forma distinta
Na mudança encontrada
Mostrará bela estrada
Serve enquanto requinta
11 - Tem elegância na ação
Liberto em escolher
Estudar ter profissão
Pelo que mais lhe caber
Pretender e Preparar
Vem da infância trilhar
Bem seguir por parecer
12 - Shopping de antigamente
Era o meio de rua
O parque de diversões
Sob o brilhar da lua
Na missa depois da prece
Na feirinha, na quermesse
A diversão continua
13 - Pique esconde, pega pega
Bola de gude, pião
Soltar pipa, jogar bola
Por vezes, com confusão
O jogo só acabava
Quando alguém se zangava
Depois paz e união
14 - Pra menina diversão
Também era muito farta
Colecionavam romances
E também papel de carta
Tinha bambolê, peteca
E roupinha p’ra boneca
Com cineminha na quarta
15 - Até nas estripulias
Era tudo combinado
Sem maldade, sem malícia
Mas astúcia, um bocado
Pular muro da escola
Para poder jogar bola
No terreno abandonado
16 - Na escola a professora
Tentava botar moral
Mas na turma do fundão
Era bagunça total
Molecagem à granel
Com bolinha de papel
Tocava terror geral…
17 - Criança não tem maldade
Nem ódio no coração,
É desnuda de egoísmo,
Desconhece a ambição,
É pura de consciência,
Guiada pela inocência,
Deus a conduz pela mão.
18 - Criança não faz mistério
Das coisas que imagina,
Por não possuir maldade
Toda criança é divina,
Não humilha nem crítica,
Nos atos que ela pratica
Não julga nem discrimina.
19 - Criança vive num plano
De perfeita consciência,
Maldade nunca pratica,
É pura por excelência;
Exemplo para os humanos
E se cometer enganos
De Deus merece anuência.
OFICINA DE CORDEL: Raimundo Clementino Neto - (86) 3221-2319 / 99972-0303
Participantes(autores) Estrofes |
Chico Acoram .................................................................................................... 1 a 7
Luzinete Fontenele ............................................................................................. 8 a 9
Lina Ramos ...................................................................................................... 10 a 11
Eduardo Oliveira ............................................................................................. 12 a 16
Joames ................................................................................................................ 17 a 19
(*)Folheto produzido conjuntamente pelos participantes da Oficina de Cordel do mês de março de 2022 – Teresina-PI
COCHACOR - Cordelaria Chapada do Corisco
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