quinta-feira, 7 de março de 2019

Poema da Mulher Amada

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Elmar Carvalho*

Amada mulher fatal
O teu amor embora servido
Em pequeninas doses é letal.
Mas eu o tomo lentamente
Como um néctar de veneno
Em longos e lentos goles (sereno)
Como um ópio em lenta mente.

Mulher amada, o teu amor
Conquistador e guerreiro me toma de assalto
E nem me deixa a oportunidade
De esboçar o meu espanto
E ensaiar o meu sobressalto
De acrobata perdido em pleno salto
                                                    mortal.
Mas que antes de um desfecho trágico
Como que por milagre se salva
Entre magia, sortilégio e quebranto.
Pelo gesto carismático de um mágico.

Amada mulher fatal
O teu amor devastador
Não me deu a chance de optar
Entre te querer ou não querer.

(*) Elmar Carvalho é poeta, historiador, cronista e ficcionista. É membro da APL.

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