Foto do autor em toda a sua pujança |
José Ribamar de Barros Nunes*
Agora, em outubro, completo oito décadas
de existência nascida nas margens do Rio Gurguéia, até o momento com saúde,
gosto e garra de viver. Aproveito a data para fazer à família e amigos algum
comentário sobre minhas vividas experiências: Imagino um pequeno e comum relato
de vida, desprovido de flores e de luxo, única herança que deixo aos meus
descendentes. Talvez sirva, ajude ou inspire na busca, vivência e interpretação
do saber de experiência feito, como recomendava o imortal vate lusitano.
Tenho sonhos em preto e branco e também
coloridos de manhã, de tarde e de noite. Sonho até com a Mega Sena, pois
acredito que qualquer filho de Deus, arriscando números, poderá receber um
abraço da cega e enigmática sorte que, segundo a sabedoria popular, onde bate,
aprega...
Nos caminhos e ruas da coexistência
social, muitos erros, equívocos e falhas sei que cometi e deles me arrependo
com sinceridade. O maior arrependimento, porém, decorre da certeza de que,
muitas e muitas vezes, perdi a oportunidade de ser bom, compreensivo e amável
com as pessoas que conheci, convivi ou privei.
Ao longo de minha vida, bem vivida e
também sofrida, passei noites de agonia e também algumas manhãs de aurora
boreal. Ainda não fiz as contas, mas tenho esperança de que no final, as manhãs
de aurora superem as madrugadas tristes e indormidas.
Registro e destaco três casos, momentos
ou detalhes felizes por mim anotados, a saber: a) Tenho recebido e louvado o
tesouro de uma boa saúde (até agora); b) Em fevereiro de 1985, atingi o ápice
da carreira administrativa, ingressando no céu (Senado Federal) por concurso;
c) publiquei em junho de 2016, meu livro “Duzentas Crônicas Vividas”, herança e
lembrança que almejo passar adiante àqueles que me conheceram ou venham a
conhecer.
Finalizando, invoco os versos do famoso
vate maranhense para quem a vida é combate que os fracos abate e os fortes e os
bravos só pode exaltar... No final almejo exclamar com o Apóstolo dos Gentios
haver combatido o bom combate. Lamento e detesto alma pequena e digo que valeu
a pena viver.
Sobre o além não consigo dizer nem
prever nada. Além do horizonte celeste, belo, cósmico e enigmático, não consigo
vislumbrar nada. Só resta esperar a luz do fim do túnel e o fechamento da
cortina do palco.
*José Ribamar de Barros
Nunes, é cronista, formado em línguas neolatinas, consultor legislativo e autor
de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.
** O Blog parabeniza o autor, mesmo com atraso, pela passagem da sua tão esperada data natalícia, em 24.10.
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