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Fonte: Google |
José
Ribamar de Barros Nunes(*)
Já imaginei uma lei universal sobre o
Dia da Liberdade, que deve ser comemorada em cada eleição, todo dia, desde o
síndico do prédio até o síndico da Presidência da Republica ou do Palácio do
Karnak.
Divirto-me e aprendo alguma coisa com o
horário eleitoral gratuito e obrigatório. Agradou-me um discurso de um
candidato a Deputado que pregou que o voto é uma arma e não uma cuia para pedir
alguma coisa. Sim, pura verdade. O sufrágio eleitoral deve ser considerado a
arma mais poderosa do mundo.
Mao-Tse-Tung sentenciava que o poder
provém da boca do fuzil. Prefiro acreditar na boca da urna. Todo poder legítimo
resulta dela. A cuia não vale nada. Serve apenas para matar a sede no mato.
O favor político ou econômico realmente
compra não somente os votos, mas a própria pessoa. A sabedoria popular que
poucas vezes se engana costuma dizer que o vil metal domina tudo e todos e
ainda acrescenta que todo o indivíduo tem o seu preço. Ainda bem que esse tal
preço varia muitíssimo e pode chegar ao um e noventa e nove...
O favor político ou econômico só serve
para escravizar e prender o eleitor aos grilhões da miséria, da humilhação, da
subserviência. Compra o corpo e até a alma... Torço pela liberdade, pela urna,
pelo voto livre, direto e secreto.
(*)José Ribamar de
Barros Nunes é autor de “Duzentas Crônicas Vividas”.
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