sábado, 15 de setembro de 2018

CRÔNICAS VIVIDAS - ARMA E CUIA

Fonte: Google



José Ribamar de Barros Nunes(*)

Já imaginei uma lei universal sobre o Dia da Liberdade, que deve ser comemorada em cada eleição, todo dia, desde o síndico do prédio até o síndico da Presidência da Republica ou do Palácio do Karnak.
Divirto-me e aprendo alguma coisa com o horário eleitoral gratuito e obrigatório. Agradou-me um discurso de um candidato a Deputado que pregou que o voto é uma arma e não uma cuia para pedir alguma coisa. Sim, pura verdade. O sufrágio eleitoral deve ser considerado a arma mais poderosa do mundo.
Mao-Tse-Tung sentenciava que o poder provém da boca do fuzil. Prefiro acreditar na boca da urna. Todo poder legítimo resulta dela. A cuia não vale nada. Serve apenas para matar a sede no mato.
O favor político ou econômico realmente compra não somente os votos, mas a própria pessoa. A sabedoria popular que poucas vezes se engana costuma dizer que o vil metal domina tudo e todos e ainda acrescenta que todo o indivíduo tem o seu preço. Ainda bem que esse tal preço varia muitíssimo e pode chegar ao um e noventa e nove...
O favor político ou econômico só serve para escravizar e prender o eleitor aos grilhões da miséria, da humilhação, da subserviência. Compra o corpo e até a alma... Torço pela liberdade, pela urna, pelo voto livre, direto e secreto.

(*)José Ribamar de Barros Nunes é autor de “Duzentas Crônicas Vividas”.

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