sexta-feira, 30 de agosto de 2019

LAGO DOS ESQUELETOS

Lago dos Esqueletos, no Himalaia.



José Ribamar de Barros Nunes*

Pequena reportagem, publicada na Folha de São Paulo do dia 24 do mês fluente, me deixou impressionado. Ela fala do Lago Roopkund, situado a cinco mil metros do Himalaia indiano. Tem trinta e nove metros de largura e passa a maior parte do tempo num lago congelado.
Nos dias quentes, porém, apresenta um espetáculo macabro em que centenas de esqueletos humanos, alguns com carnes ainda penduradas, emergem do conhecido Lago dos Esqueletos. Quem eram essas pessoas e o que aconteceram com elas? Ao longo do tempo predominou a ideia de que elas morreram ao mesmo tempo em um evento catastrófico, há mais de mil anos. Tempos atrás, uma pesquisa antropológica estudou cinco esqueletos e calculou que teriam mil e duzentos anos.
Recente pesquisa genética de cientistas da Índia, Estados Unidos e Alemanha abalou a teoria. O estudo examinou o DNA de trinta e oito restos humanos revelou que alguns eventos despejaram talvez centenas ou milhares de cadáveres.
O relatório levou a uma visão mais rica sobre as possíveis histórias desse local. Na verdade, pouco se sabia da proveniência dos esqueletos. Avalanches, migração do gelo e até humanos perturbaram e moveram os despojos. A análise ajudou a entender um pouco os ossos. Os pesquisadores extraíram o DNA e conseguiram identificar vinte três homens e quinze mulheres.
Em nosso planeta persistem muitos mistérios... Quanto mais intrigante, mais aguçam e perturbam a poderosa e complexa máquina do cérebro, cujo “eu” ninguém consegue explicar, nem Augusto Cury...

(*) José Ribamar de Barros Nunes é autor de “313” Crônicas Seletas, cronista e Assessor Parlamentar aposentado.


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