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Lago dos Esqueletos, no Himalaia. |
José
Ribamar de Barros Nunes*
Pequena reportagem, publicada na Folha de
São Paulo do dia 24 do mês fluente, me deixou impressionado. Ela fala do Lago
Roopkund, situado a cinco mil metros do Himalaia indiano. Tem trinta e nove
metros de largura e passa a maior parte do tempo num lago congelado.
Nos dias quentes, porém, apresenta um
espetáculo macabro em que centenas de esqueletos humanos, alguns com carnes
ainda penduradas, emergem do conhecido Lago dos Esqueletos. Quem eram essas
pessoas e o que aconteceram com elas? Ao longo do tempo predominou a ideia de
que elas morreram ao mesmo tempo em um evento catastrófico, há mais de mil
anos. Tempos atrás, uma pesquisa antropológica estudou cinco esqueletos e
calculou que teriam mil e duzentos anos.
Recente pesquisa genética de cientistas da
Índia, Estados Unidos e Alemanha abalou a teoria. O estudo examinou o DNA de
trinta e oito restos humanos revelou que alguns eventos despejaram talvez
centenas ou milhares de cadáveres.
O relatório levou a uma visão mais rica
sobre as possíveis histórias desse local. Na verdade, pouco se sabia da
proveniência dos esqueletos. Avalanches, migração do gelo e até humanos
perturbaram e moveram os despojos. A análise ajudou a entender um pouco os
ossos. Os pesquisadores extraíram o DNA e conseguiram identificar vinte três
homens e quinze mulheres.
Em nosso planeta persistem muitos
mistérios... Quanto mais intrigante, mais aguçam e perturbam a poderosa e
complexa máquina do cérebro, cujo “eu” ninguém consegue explicar, nem Augusto
Cury...
(*)
José Ribamar de Barros Nunes é autor
de “313” Crônicas Seletas, cronista e Assessor Parlamentar aposentado.
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