Poeta, cronista e membro da Academia Piauiense de Letras
A mesa está posta,
mas os pratos estão vazios.
O meu povo não tem
talheres, nem colheres,
por isso come com as mãos
o que não existe nos pratos.
O meu povo vota em
eleições para
presidente
da república (de estudantes),
mas sonha votar
na eleição para Presidente da República
Federativa do Brasil.
O meu povo deseja bater
palmas para as estátuas dos
heróis libertários.
Mas como se as mãos
e os pés estão atados?
Em 1888 acabaram com a
escravidão no Brasil. Mas que escravidão?
Se antes os escravos eram pretos,
hoje são de todas as cores,
e cantam com raiva a “Esparrela do Brasil”.
(Parnaíba, 13.10.78).
Nenhum comentário:
Postar um comentário