quarta-feira, 16 de agosto de 2017

CRÔNICAS VIVIDAS - CAINDO NA REAL

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(José Ribamar de Barros Nunes)*

Gosto de repetir que a escola da vida oferece-nos, diariamente, alguma lição, grande ou pequena, aumentando a cada dia esse acervo de experiências. O imortal vate lusitano, Luiz de Camões, ensinava que vale mais o “saber de experiência feito”...
Penso que, nessa aprendizagem quotidiana a lição mais presente se refere ao realismo da vida, que nem sempre corresponde ao esperado. Daí certamente surgiu a expressão popular “cair na real” que significa reconhecer e aceitar, na medida do possível, as pessoas, os acontecimentos e as coisas como eles são, independentes da nossa vontade...
Muitos exemplos a história registrou e registra. O famosíssimo Maquiavel deixou-nos ensinamentos políticos e filosóficos, verdades que perduram até hoje, mormente na difícil ciência política. A lei da “traição” na política, por exemplo, se comprova com frequência e líderes do porte de Ulisses Guimarães comentam-na abertamente.
Nunca esqueci e até publiquei o desabafo de um ex-governador do Estado de Goiás que declarou e repudiou em nota oficial a traição por parte de um seu primo e protegido... Outro exemplo deram o ex-presidente Peron e um importante embaixador brasileiro. Eles afirmam que a “Lei da Realidade” deve orientar e reger as pessoas, os acontecimentos, o comportamento social e as cousas em geral.
Diante disso e por isso, concordo com a sabedoria e o conselho popular de sempre tentar “cair na real”. Acrescento que “levantar” é preciso e possível...

*José Ribamar de Barros Nunes é autor de Duzentas Crônicas Vividas
E-mail: rnpi13@hotmail.com

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