sábado, 5 de novembro de 2016

Crônicas Vividas - Alma Pequena

Foto Ilustrativa



José Ribamar de Barros Nunes*

Não sei se já revelei isso aos meus poucos, admiráveis e amáveis leitores. Se não fi-lo (como falava Jânio Quadros), faço-o agora. Tenho prazer e alegria em escrever. Não tenho falsa modéstia nem pudor de dizer que me considero narcisista. Na verdade, delicio-me com o produto literário. Muitas vezes, leio-o e releio e quase sempre vibro e me arrepio.

Com este título homenageio o notável poeta e pensador lusitano, cuja frase, citada em todo o mundo, sempre agrada a gregos e troianos. Tudo vale a pena se a alma não é pequena...

Tenho o costume de acrescentar alguma observação pessoal de minha vida. No caso concreto, adicionei ao pensamento de Fernando Pessoa o seguinte: Agora, o que tem de alma pequena no meio do caminho, não está escrito no gibi...

Vou tentar definir e esclarecer o que entendo por “alma pequena”. Existem pessoas que demonstram pesar, inveja ou desgosto com a felicidade dos outros. Nesse sentido, às vezes, desabafam, lamentam, menosprezam e criticam a alegria e o bem-estar que não sentem em si.

Alma pequena. Onde encontrá-la? Em toda e qualquer parte, na rua, na praça, no trabalho e por aí vai... Vale lembrar que a escola da vida não oferece férias. Todo dia há uma liçãozinha a aprender ou um ensinamentozinho a transmitir...

Como identificá-la e afastá-la de nossos caminhos e relações? Essa difícil tarefa cabe a cada um de nós. Só a vida o faz, pois como dizia minha mãe, o mundo ensina... E não há férias na dura e infalível escola da vida.

Só resta a cada um enfrentá-la, contornando os caminhos e desvios ou eliminando as pedras que dificultam a estrada. A caminhada prossegue e não tem fim. Vai até o horizonte ao “nec plus ultra”





*José Ribamar de Barros Nunes, é cronista, consultor parlamentar e autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.

E-mail: rnpi13@hotmail.com




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