Foto Ilustrativa |
José Ribamar de Barros
Nunes*
Não sei se já revelei isso aos meus poucos, admiráveis e
amáveis leitores. Se não fi-lo (como falava Jânio Quadros), faço-o agora. Tenho
prazer e alegria em escrever. Não tenho falsa modéstia nem pudor de dizer que
me considero narcisista. Na verdade, delicio-me com o produto literário. Muitas
vezes, leio-o e releio e quase sempre vibro e me arrepio.
Com este título homenageio o notável poeta e pensador
lusitano, cuja frase, citada em todo o mundo, sempre agrada a gregos e
troianos. Tudo vale a pena se a alma não é pequena...
Tenho o costume de acrescentar alguma observação pessoal de
minha vida. No caso concreto, adicionei ao pensamento de Fernando Pessoa o
seguinte: Agora, o que tem de alma pequena no meio do caminho, não está escrito
no gibi...
Vou tentar definir e esclarecer o que entendo por “alma
pequena”. Existem pessoas que demonstram pesar, inveja ou desgosto com a
felicidade dos outros. Nesse sentido, às vezes, desabafam, lamentam, menosprezam
e criticam a alegria e o bem-estar que não sentem em si.
Alma pequena. Onde encontrá-la? Em toda e qualquer parte,
na rua, na praça, no trabalho e por aí vai... Vale lembrar que a escola da vida
não oferece férias. Todo dia há uma liçãozinha a aprender ou um ensinamentozinho
a transmitir...
Como identificá-la e afastá-la de nossos caminhos e
relações? Essa difícil tarefa cabe a cada um de nós. Só a vida o faz, pois como
dizia minha mãe, o mundo ensina... E não há férias na dura e infalível escola
da vida.
Só resta a cada um enfrentá-la, contornando os caminhos e
desvios ou eliminando as pedras que dificultam a estrada. A caminhada prossegue
e não tem fim. Vai até o horizonte ao “nec plus ultra”
*José Ribamar de Barros Nunes, é
cronista, consultor parlamentar e autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas
Vividas.
E-mail:
rnpi13@hotmail.com
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