segunda-feira, 1 de abril de 2019

NA MADRUGADA DE UM CERTO INVERNO

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                                                                 (Chico Acoram Araújo)*

Na madrugada de um certo inverno. A noite por um fio.
Acordei. A essas horas, ainda no turvo?
O galo mudo, pássaros bem quietinhos, sequer um pio!
Os galhos das árvores balouçando lá fora -  obscuro.

Escuto um agradável ruído naquela quase manhã.
Será chuva? Será o vento nas folhas das palmeiras?
Ou será a suave brisa vinda do Marataoan?
Fui olhar. Chovia de mansinho. Alvissareiras!

Frias gotas d´água caíram no meu rosto, a abolhar.
Na noite anterior, minha mãe falou: vai chover!
Quantas saudades, meu Deus, da janela a chuva contemplar!

Um rio de lembranças inunda o meu ser,
Ouvir o cair da chuva no teto da casa de palha,
Nos dias de aguaceiros em um belo amanhecer.


 (*) Chico Acoram Araújo, é funcionário público federal, contador e cronista.  

4 comentários:

  1. Valeu, ACORAM, você envereda também com maestria pela poesia. Parabéns. abr.

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    1. Chico Acoram Araújo2 de abril de 2019 às 12:01

      Dr. Almeida,

      Generosidade sua. Obrigado.

      Um abraço.

      Chico Acoram

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  2. E nesses dias de chuva, nada como ler algo agradável, que nos direcione à infância, que nos faça viajar ao passado, onde a natureza e seus sons, suas cores e seus encantos, nos encha a alma, de prazer e paz. Chuvas de bênçãos, sobre a criatividade poética. Chuvas de bênçãos sobre todos nós.

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    1. Chico Acoram Araújo4 de abril de 2019 às 22:22

      Muito obrigado, Tatya. Em poucas palavras a estimada amiga sintetizou tudo que eu quis dizersse meu soneto. Um abraço.

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