segunda-feira, 8 de julho de 2019

Fragmentos de Uma Viagem a Portugal e Itália (Parte 9)

Catedral de Assis, Itália


SIENA/ASSIS
José Pedro Araújo

O
 dia 29/03 amanheceu estupendo, apesar da saudade que havia se alojado em nossos corações por ter que deixar Florença. Mas, Roma nos esperava. E esperávamos que ela fosse a cereja do nosso bolo, ou mais precisamente, o ápice da nossa viagem. Entretanto, ainda tínhamos coisas belas para apreciar antes de lá chegar. Tomamos, às 07 horas, as vias expressas A1/E35 e partimos para Roma, mas, antes, uma parada em Siena para um rápido reconhecimento, distante cerca de 76 km. Fizemos o trecho em mais de uma hora, pois a aproximação da capital do país já tornava o trafego mais intenso do que o que estávamos tendo até agora. É claro que com o tempo de que dispúnhamos, não dava para ver muita coisa, mas escolhemos o centro de maior atração da cidade: fomos conhecer a Piazza del Campo, com seus cafés convidativos e o Palazzo Publlico, com a Torre del Mangia.
Nessa praça histórica e já batendo ao milênio de existência, acontece todos os anos o Palio de Siena, uma histórica corrida de cavalos, em duas datas: 2 de julho e 16 de agosto. O páreo é realizado para homenagear Nossa Senhora, e é disputado desde o século XVII. O estranho nessa história, é que a praça possui um código de conduta a ser obedecido que data de 1266, em que dezesseis de seus artigos tratam de regrar o comportamento da população da cidade. São vedadas, entre outras coisas, a vagabundagem, a prostituição, as cavalgadas(?), e o uso de armas, além do ato de realizar em público o aleitamento de bebês. 
Aproveitamos o pouco tempo em Siena para um café em uma das lanchonetes espalhadas em derredor da praça e com cadeiras na calçada, e que oferecem um cappuccino bem italiano. Foi assim que gastamos os nossos últimos instantes na cidade, aboletados nas cadeiras e a observar a vetusta praça e seus encantos. Na volta para o ônibus, uma visita rápida a algumas lojas em vielas próximas, que é praxe. Alguns casacos italianos foram adquiridos e, diga-se de passagem, com etiqueta de fabricação no próprio país, e não na China.
Terminado o nosso tempo, fizemos uma rápida caminhada até ao estacionamento em que ficara o nosso ônibus ao lado das muralhas centenárias da cidade.
 A nossa próxima parada se daria em Assis, situada a cerca de 127 km de distância de Siena. Seguimos pela autoestrada A1, e cumprimos o trajeto em pouco menos de duas horas.  A cidade de Assis é também Sé Episcopal, e é famosa porque lá nasceu São Francisco de Assis. E por conta disso, transformou-se em uma das passagens obrigatórias de turistas que visitam a Itália. Cidade milenar, não foi possível conhecer a data exata da sua fundação. Sabe-se, contudo, que em 1208 São Francisco fundou a ordem dos Franciscanos e de Santa Clara de Assis, a ordem das Clarissas.
Construída ao pé do monte Subasio, na região da Úmbria, a cidade já sofreu alguns terremotos devastadores, o último deles em 1999, quando parte do teto do templo ruiu e destruiu, entre outras coisas, muitos afrescos datados de quase mil anos.
Lugar de peregrinação e visitação turística, a igreja já teve que ser reconstruída mais de uma vez. A atual encontra-se sobre os escombros de uma mais antiga, devastada por um terremoto. A cidade, com seus sobrados construídos em pedra talhada, é formada por vielas estreitas, como de resto são todas as antigas comunas, especialmente na sua parte mais vetusta. Tivemos pouco tempo para conhecê-la, e por isso decidimos que o melhor a fazer era aproveitar o tempo que nos restava para um almoço em dos restaurantes existentes no entorno da Basílica.
Em Assis mesmo, só tivemos tempo de conhecer a histórica Basílica e fazer algumas fotos, além do nosso almoço. Foi uma passagem rápida, rumo a Roma, mas que valeu pela beleza histórica do lugar, e por alguns souvenir que adquirimos. A tarde já ia avançada e nós tínhamos que fazer um trecho de 184 km até chegar a Roma, nosso destino final nesse dia. Valeu pela história do lugar e, para os mais religiosos, pela visita ao templo que abriga os restos mortais de São Francisco.


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