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Catedral de Assis, Itália |
SIENA/ASSIS
José Pedro Araújo
O
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dia 29/03 amanheceu estupendo, apesar da
saudade que havia se alojado em nossos corações por ter que deixar Florença.
Mas, Roma nos esperava. E esperávamos que ela fosse a cereja do nosso bolo, ou
mais precisamente, o ápice da nossa viagem. Entretanto, ainda tínhamos coisas
belas para apreciar antes de lá chegar. Tomamos, às 07 horas, as vias expressas
A1/E35 e partimos para Roma, mas, antes, uma parada em Siena para um rápido
reconhecimento, distante cerca de 76 km. Fizemos o trecho em mais de uma hora,
pois a aproximação da capital do país já tornava o trafego mais intenso do que
o que estávamos tendo até agora. É claro que com o tempo de que dispúnhamos,
não dava para ver muita coisa, mas escolhemos o centro de maior atração da
cidade: fomos conhecer a Piazza del Campo, com seus cafés convidativos e o
Palazzo Publlico, com a Torre del Mangia.
Nessa praça
histórica e já batendo ao milênio de existência, acontece todos os anos o Palio
de Siena, uma histórica corrida de cavalos, em duas datas: 2 de julho e 16 de
agosto. O páreo é realizado para homenagear Nossa Senhora, e é disputado desde
o século XVII. O estranho nessa história, é que a praça possui um código de
conduta a ser obedecido que data de 1266, em que dezesseis de seus artigos
tratam de regrar o comportamento da população da cidade. São vedadas, entre
outras coisas, a vagabundagem, a prostituição, as cavalgadas(?), e o uso de
armas, além do ato de realizar em público o aleitamento de bebês.
Aproveitamos o
pouco tempo em Siena para um café em uma das lanchonetes espalhadas em derredor
da praça e com cadeiras na calçada, e que oferecem um cappuccino bem italiano. Foi
assim que gastamos os nossos últimos instantes na cidade, aboletados nas
cadeiras e a observar a vetusta praça e seus encantos. Na volta para o ônibus, uma
visita rápida a algumas lojas em vielas próximas, que é praxe. Alguns casacos
italianos foram adquiridos e, diga-se de passagem, com etiqueta de fabricação
no próprio país, e não na China.
Terminado o
nosso tempo, fizemos uma rápida caminhada até ao estacionamento em que ficara o
nosso ônibus ao lado das muralhas centenárias da cidade.
A nossa próxima parada se daria em Assis,
situada a cerca de 127 km de distância de Siena. Seguimos pela autoestrada A1,
e cumprimos o trajeto em pouco menos de duas horas. A cidade de Assis é também Sé Episcopal, e é
famosa porque lá nasceu São Francisco de Assis. E por conta disso,
transformou-se em uma das passagens obrigatórias de turistas que visitam a
Itália. Cidade milenar, não foi possível conhecer a data exata da sua fundação.
Sabe-se, contudo, que em 1208 São Francisco fundou a ordem dos Franciscanos e
de Santa Clara de Assis, a ordem das Clarissas.
Construída ao
pé do monte Subasio, na região da Úmbria, a cidade já sofreu alguns terremotos
devastadores, o último deles em 1999, quando parte do teto do templo ruiu e
destruiu, entre outras coisas, muitos afrescos datados de quase mil anos.
Lugar de
peregrinação e visitação turística, a igreja já teve que ser reconstruída mais
de uma vez. A atual encontra-se sobre os escombros de uma mais antiga,
devastada por um terremoto. A cidade, com seus sobrados construídos em pedra
talhada, é formada por vielas estreitas, como de resto são todas as antigas
comunas, especialmente na sua parte mais vetusta. Tivemos pouco tempo para
conhecê-la, e por isso decidimos que o melhor a fazer era aproveitar o tempo
que nos restava para um almoço em dos restaurantes existentes no entorno da
Basílica.
Em Assis
mesmo, só tivemos tempo de conhecer a histórica Basílica e fazer algumas fotos,
além do nosso almoço. Foi uma passagem rápida, rumo a Roma, mas que valeu pela
beleza histórica do lugar, e por alguns souvenir que adquirimos. A tarde já ia
avançada e nós tínhamos que fazer um trecho de 184 km até chegar a Roma, nosso
destino final nesse dia. Valeu pela história do lugar e, para os mais
religiosos, pela visita ao templo que abriga os restos mortais de São
Francisco.
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