(Chico Acoram Araújo)*
I
Mapeando a Violência
Brasileira: um holocausto!
Mortandade sem clemência,
Execrável tal infausto,
Destacando-se o Brasil
Posição de lastimável
Assim sétimo lugar.
Oh, maléficos vis homens!
Por que teimam em matar
As incautas boas donzelas?
II
Do tal cruento patriarcado,
A herança da violência.
O marido é denotado,
Com pungente de insolência,
Cometer feminicídio.
Sem um pingo de remorso
Deplorando uxoricídio,
Carregando sobre dorso
Maldição do pecador,
Revivendo sem amor.
III
Ofender, Não. Oh, clemência!
Por favor, homem do mal:
Abra mão da Violência!
Pois ofensa assim sexual,
Agressão que psicológica,
Quanto física é do crime.
Agredir, sequer tem lógica.
A mulher é tão sublime,
Divinal e majestosa.
Ofender, não. Dê uma rosa!
IV
Combater a violência
Desfavor a uma mulher
É forçosa de exigência
Da moderna Sociedade.
É dever preponderante
Deste Estado uma equidade
Do Direito vigorante
Entre gêneros diversos.
Ou melhor:
fraternidade,
Igualdade: sem reversos.
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P.S.: esse
poema é dedicado à Maria da Penha, a grande idealizadora da Lei que leva seu
nome, e também a todas as mulheres violentadas ou mortas por seus maridos ou
companheiros.
(*) Chico Acoram Araújo é funcionário público federal, cronista e poeta.
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