terça-feira, 2 de julho de 2019

FEMINICÍDIO.




(Chico Acoram Araújo)*


I



Mapeando a Violência

Brasileira: um holocausto!

Mortandade sem clemência,

Execrável tal infausto,

Destacando-se o Brasil

Posição de lastimável

Assim sétimo lugar.

Oh, maléficos vis homens!

Por que teimam em matar

As incautas boas donzelas?




II


Do tal cruento patriarcado,

A herança da violência.

O marido é denotado,

Com pungente de insolência,

Cometer feminicídio.

Sem um pingo de remorso

Deplorando uxoricídio,

Carregando sobre dorso

Maldição do pecador,

Revivendo sem amor.





III


Ofender, Não. Oh, clemência!

Por favor, homem do mal:

Abra mão da Violência!

Pois ofensa assim sexual,

Agressão que psicológica,

Quanto física é do crime.

Agredir, sequer tem lógica.

A mulher é tão sublime,

Divinal e majestosa.

Ofender, não. Dê uma rosa!




IV


Combater a violência

Desfavor a uma mulher

É forçosa de exigência

Da moderna Sociedade.

É dever preponderante

Deste Estado uma equidade

Do Direito vigorante

Entre gêneros diversos.

Ou melhor:  fraternidade,

Igualdade: sem reversos.


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P.S.: esse poema é dedicado à Maria da Penha, a grande idealizadora da Lei que leva seu nome, e também a todas as mulheres violentadas ou mortas por seus maridos ou companheiros.

(*) Chico Acoram Araújo é funcionário público federal, cronista e poeta.

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