quarta-feira, 6 de maio de 2020

A QUARENTENA





                                                                   (Chico Acoram Araújo)


Quantas saudades de ti,
Cara Senhora ditosa!
Que de permeio à penosa
separação nossa, aqui

tento esquecer, de per si,
a quarentena - inditosa
doença - que acintosa
  tolhe-me o que não vivi.

Nesses maus tempos de peste
em que se escutam tais prantos,
rogo ao bom Deus que eu não morra,

pois não desejo o cipreste
luto; só quero os encantos
seus rever, e algo transcorra.
   



6 comentários:

  1. Boa Francisco! Narrativa quase prosa, porém, com a difícil missão de manter a métrica, encontrar a rima certa e transmitir sua mensagem. Parabéns

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    1. Chico Acoram Araújo6 de maio de 2020 às 22:38

      Obrigado pelo comentário, amigo.
      Eu ficaria contente em saber o nome do generoso comentarista.

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