José Ribamar de Barros
Nunes(*)
Já escrevi uma crônica em que digo que uma
“mentirinha” não prejudica, mas uma mentira universal defendida ou comentada
por José Saramago me parece uma dose cavalar. Transcrevo Ipsis literis o
pensamento do célebre escritor lusitano:
“O tempo das verdades plurais acabou. Vivemos no
tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto. Vivemos na mentira, todos os
dias”. Opino que Saramago exagerou na
dose.
Já observei e comentei também que o homem é o único
animal que tem o privilégio de mentir. Tudo, porém, tem limites exceto o
próprio universo que, segundo alguns físicos, parece não tê-los. Reconheço que
não tenho ciência nem bagagem nesse assunto que prefiro repassar para o
historiador, filósofo e escritor Yuval Noah Hariri.
Como não sei ficar em cima do muro, dou minha
opinião de caipira, filho do Gurguéia. Saramago exagerou... Prefiro a verdade
nem que doa ou nos derrube. Fico ao lado do imortal Luis de Camões que terminou
o seu primeiro Canto com os seguintes versos:
“Que não se arme e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?”
(*)José Ribamar de
Barros Nunes é Assessor Parlamentar, cronista e autor de 313 Crônica Seletas.
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