Foto ilustrativa by Google |
José
Ribamar de Barros Nunes*
No programa do Geraldo, da TV Record,
ele mostrou um vendaval em Manaus. Enquanto tudo voava pelos ares, inclusive a
lona do Circo, um menino de 10 anos desesperado, chorava e exortava: - Pára, Deus!, por que tudo isso, pára, Deus!
Pensando bem, creio que, ao longo da
história, já aconteceram milhares de reclamações e invocações ao Criador por
parte das criaturas que viram, observaram e sentiram ou presenciaram cenas e
episódios como aquela observada do Circo. Falando em Circo, aqui no Brasil, na
década de 1950, deu-se um incêndio horrível, em Niterói, que vitimou centenas
de pessoas que ali encontraram a morte, ao invés de diversão e alegria.
A história tem registrado tragédias e
catástrofes no céu, na terra e no mar. Já fiz algumas crônicas lamentando que o
CRIADOR, aqui e ali, parece abandonar suas criaturas, a própria humanidade e o
universo. Muitos escritores e poetas falam do seu “grito” de revolta perante os
céus. O imortal Camões termina o primeiro CANTO de sua obra “Os Lusíadas”, com
a seguinte exortação:
Que não se arme e se indigne o céu
sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno...
O nosso Castro Alves, por exemplo,
chorava pelos Navios Negreiros e pela não chegada do seu “grito” aos céus...
Não aprovo, porém, procuro entender e
compreender o desespero e decepção do ser humano, quando se vê expulso do
paraíso ou atingido pelos raios violentos de Vulcano.
Na verdade, Santo Agostinho nos adverte
que a inteligência humana não tem capacidade para compreender Deus.
Em minha vida, já ouvi, vi, li e
presenciei, muitas vezes, essa expressão explosiva – “Pára, Deus”. Acho que
nunca chegarei a assimilá-la ou compreendê-la. O tempo talvez me responda.
*José Ribamar de
Barros Nunes, assessor Parlamentar do Senado, é autor de Crônicas Vividas e Duzentas
Crônicas Vividas.
E-mail.:
rnpi13@hotmail.com
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