José
Ribamar de Barros Nunes*
O sentimento da coragem existe, até
demais. Às vezes, pode parecer suicídio. Sei que tal atributo humano existe de
verdade. Não o vivi, mas já vi e presenciei alguns exemplos.
Costumo dizer que minha infância pode
não ter sido muito feliz, mas infeliz também não foi. O certo é que não me
lembro de muitos fatos, alegrias ou aflições.
Sei que gostava de pegar passarinho e
pescar no rio. Certa feita, peguei um piau grande e desfilei pelas ruas de
Floriano, exibindo-o com orgulho.
Outra coisa que, desde menino, ficou no
meu espírito, a saber: Uma observação feita por gente grande que dizia que “o
que vale no homem é a coragem”. Ao longo da vida constatei essa verdade. A
coragem se mostra uma virtude clara e decidida que rompe muitas barreiras que
se apresentam como intransponíveis. Penso que na vida política e militar pesa
muito.
No plano internacional registro dois
episódios inesquecíveis. O primeiro ocorreu aqui no Brasil. O segundo presidente
da república, Marechal Floriano Peixoto, foi perguntado pelo embaixador da
Inglaterra como seria recebida no porto do Rio de Janeiro a “Invencível
Armada”. Sem pestanejar, o Marechal de Ferro respondeu: À Bala...
O outro acontecimento se deu na “Crise
dos Mísseis” em outubro de 1962. O líder cubano simplesmente desafiou o seu
vizinho gigante, distante apenas 144 quilômetros da ilha.
Dizem que há homens capazes de enfrentar
dezenas de outros homens. Não duvido. Eu, não... E assim caminha a humanidade...
*José Ribamar de
Barros Nunes é autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas
E-mail:
rnpi13@otmail.com
José de Ribamar Barros Nunes, piauiense corajoso? Irmão de Jonathas Nunes?. Parabéns pelo texto. Dilma.
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