sábado, 14 de janeiro de 2017

CRÔNICAS VIVIDAS - DELÍRIOS LITERÁRIOS

Foto ilustrativa by Google



José Ribamar de Barros Nunes*

Um amigo meu do peito (imagine se não fosse), zombando de mim, afirmou que eu vivo dedicado a delírios literários em alusão às crônicas vividas.
Não me aborreci nem um pouco, porque a idade e a experiência nos ajudam a tentar viver acima do bem e do mal e a não levar em conta as coisas pequenas que não influem nem contribuem e nem movem água nem moinho.
A vida segue em frente. As caravanas podem até ladrar, mas não detêm a marcha contínua e inexorável dos fatos, dos feitos da vida, do progresso e do desenvolvimento. A caminhada não tem fim.
A palavra, escrita ou oral, distingue o homem dos outros animais e constitui uma atividade nobre e prazerosa, tal como dançar, cantar e outras criações lúdicas, muito positivas para o indivíduo e para a coletividade. Eles levantam e desenvolvem o corpo e a alma e se expandem nos indivíduos, nas sociedades e no universo.
Delírios literários podem e costumam repercutir e influenciar a evolução social e política. Para não falar de valores universais, fiquemos em nosso país. As penas de José de Alencar e Castro Alves muito contribuíram para a extinção da escravidão e o advento da República.
A palavra bem usada vale mais do que o fuzil e o pensamento nela expresso pode remover montanhas e, sobretudo, pode revelar o mundo interior e exterior do complexo ser humano. Um livro pode mudar a história ou uma vida.
Se é assim, vivam os delírios literários...


*José Ribamar de Barros Nunes é Assessor Parlamentar do Senado Federal e autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.
E-mail: rnpi13@hotmail.com

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