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José
Ribamar de Barros Nunes*
Um
amigo meu do peito (imagine se não fosse), zombando de mim, afirmou que eu vivo
dedicado a delírios literários em alusão às crônicas vividas.
Não
me aborreci nem um pouco, porque a idade e a experiência nos ajudam a tentar
viver acima do bem e do mal e a não levar em conta as coisas pequenas que não
influem nem contribuem e nem movem água nem moinho.
A
vida segue em frente. As caravanas podem até ladrar, mas não detêm a marcha
contínua e inexorável dos fatos, dos feitos da vida, do progresso e do
desenvolvimento. A caminhada não tem fim.
A
palavra, escrita ou oral, distingue o homem dos outros animais e constitui uma
atividade nobre e prazerosa, tal como dançar, cantar e outras criações lúdicas,
muito positivas para o indivíduo e para a coletividade. Eles levantam e
desenvolvem o corpo e a alma e se expandem nos indivíduos, nas sociedades e no
universo.
Delírios
literários podem e costumam repercutir e influenciar a evolução social e política.
Para não falar de valores universais, fiquemos em nosso país. As penas de José
de Alencar e Castro Alves muito contribuíram para a extinção da escravidão e o
advento da República.
A
palavra bem usada vale mais do que o fuzil e o pensamento nela expresso pode
remover montanhas e, sobretudo, pode revelar o mundo interior e exterior do
complexo ser humano. Um livro pode mudar a história ou uma vida.
Se é
assim, vivam os delírios literários...
*José
Ribamar de Barros Nunes é Assessor Parlamentar do Senado Federal e autor de
Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.
E-mail:
rnpi13@hotmail.com
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