Grafite de Banksy |
José
Ribamar de Barros Nunes*
Não
sou psicólogo nem psiquiatra, mas às vezes, dou palpites sobre assuntos cuja
competência cabe mais a esses profissionais. E assim, de quando em vez, invado
a seara alheia e me manifesto sobre temas que não domino nem nunca dominarei.
Não é raro que eu fale de gratidão, ingratidão, amor, amizade, heroísmo,
desmaios d’alma e por ai vai.
O
luto faz parte da vida social. Inesperado, previsto ou profetizado, ele se nos
apresenta de repente, invadindo o corpo e a alma. Os entendidos e pesquisadores
nos advertem de que a vida e o famoso império das circunstâncias exigem que
estejamos sempre prontos e preparados para senti-lo, vivenciá-lo e na medida do
possível, compreendê-lo e aceitá-lo.
Muitas
e muitas vezes, tenho observado o que denomino de “luto coletivo”. O
desaparecimento, inesperado ou não, de autoridades, chefes políticos, lideres e
heróis, ocasionam esse tipo de comoção, emoção, tristeza e outros sentimentos
acontecem em todos os níveis e áreas.
Eles
atingem uma parcela grande ou pequena do bairro, da cidade, do estado, da nação
ou do mundo. Em nível universal, por exemplo, posso citar os casos e tragédias
de Kennedy, ataques terroristas como os de “Onze de Setembro”, Paris, Museu do
Louvre e tantos outros.
O
luto coletivo pode durar anos ou mesmo ficar para eternidade, da mesma forma
que o luto individual pode perdurar, enquanto a vítima viver. A sabedoria
popular escreve nos túmulos que “ninguém morre enquanto permanece vivo no
coração de alguém”.
O
Criador nos livre e guarde do luto individual e coletivo, ou, pelo menos, ajude
a criatura a segurar e superar tais sentimentos e emoções inevitáveis.
Não
sei se consegui repassar meu pensamento sobre o assunto que considero
emblemático e mais do que enigmático. E
assim, abalada, prossegue a marcha da humanidade...
*José Ribamar de Barros
Nunes, Assessor Parlamentar, é autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas
Vividas
E-mail:
rnpi13@hotmail.com
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