Elmar Carvalho é poeta, contista, cronista e membro da APL
Na quarta-feira, no final da tarde, a Destaque
Comunicação Visual me informou, por telefone, que havia finalizado uma placa em
que se encontrava estampado meu poema Noturno de Oeiras. No dia seguinte,
retornei a ligação e fui vê-la. Media 1,20 metros por 60 centímetros, e fora
confeccionada em metal inoxidável.
Além de minha assinatura, tinha uma bela imagem da
catedral de Nossa Senhora da Vitória, que meu poema louvava. Destinava-se a ser
colocada no prédio do hotel do SESC em Oeiras, que leva o nome do Dr. Moisés
Reis, meu amigo e grande admirador do Noturno, desde mais de duas décadas.
Havia sido encomendada pessoalmente pelo Dr.
Valdeci Cavalcante, em minha presença. Como a Destaque fica defronte ao seu
escritório de advocacia, fui falar com ele. Dinâmico como é, perguntou-me se eu
não desejava ir a Oeiras para escolher o local exato em que eu gostaria de
afixar a placa. Disse que a pressa se devia ao fato de que na Semana Santa o
hotel estaria lotado, o que seria bom para sua maior divulgação.
Não vacilei um segundo e lhe respondi que sim. Ele
me conduziu até a sua secretária Sabrina, e disse para que combinássemos o dia
e o horário em que o automóvel do SESC me apanharia em minha casa. Em seguida
se despediu para cumprir seus inúmeros afazeres. Em virtude das diversas
tarefas e compromissos da repartição, marcamos para o sábado, cedo da manhã.
Na sexta-feira, na caminhada da Raul Lopes,
encontrei o médico Paulo de Tarso Ribeiro Gonçalves Filho, oeirense por
nascimento e vocação. Falei-lhe de minha agradável missão cultural no dia
seguinte. O ilustre amigo e esculápio me prometeu que no Sábado de Aleluia iria
“fiscalizar” se a placa teria sido colocada em local apropriado.
Conforme o combinado, às seis e meia da manhã, em
pontualidade britânica, o Neto, prestativo e educado motorista do serviço
social, estava à porta de minha casa. Colocamos a placa no carro, e seguimos
para nosso destino. Revi as paragens que semanalmente via, quando fui juiz em
Regeneração e Oeiras.
Ao chegar ao lindo, novo e grande hotel, que
administra imenso parque de lazer, com inúmeros equipamentos aquáticos e
outros, além de churrascaria, liguei para o promotor de Justiça Carlos Rubem,
para me ajudar a escolher o local mais adequado para a afixação da placa do
Noturno de Oeiras. Optamos por colocá-la no hall, um pouco abaixo de onde estão
afixadas as belas pinturas da grande artista piauiense Dora Parentes. Por sinal
que essas magníficas telas retratam as mesmas paisagens e monumentos
arquitetônicos que exaltei em meu poema.
Eu, Denise Barros, gerente da casa, e o Carlos
Rubem terminamos por dar um singelo cunho solene ao evento, aproveitando as
pessoas que se encontravam no local e alguns jovens que foram convidados pelo
meu amigo, entusiasmado promotor de Justiça e também de Cultura. Carlos Rubem
se encarregou de fazer a louvação de meu Noturno, assim como parabenizou o SESC
pela feliz iniciativa. Falou sobre minha longa ligação afetiva com a velhacap. E
ainda desafiou o compositor Herbert Vinicius, que se encontrava presente, a
musicar os meus soturnos e noturnos versos.
Seguindo as suas pegadas, discorri sobre a minha
vinculação à nunca assaz louvada antiga urbe, que remonta às minhas leituras de
menino e a eventos culturais e literários de que participei. Assinalei que
concluí minha carreira de julgador como titular do Juizado Especial da Comarca
do Mocha. Aludi a diversos eventos em que o Noturno foi entoado e interpretado,
inclusive no proscênio do Cineteatro Oeiras, entre as naves da vetusta catedral
de N. S. da Vitória e no seu adro. No You Tube podem ser vistos dois
audiovisuais desse poema.
Por fim, como não poderia deixar de ser, sob pena
de ingratidão, fiz enfático agradecimento ao SESC e ao seu dirigente Valdeci
Cavalcante, que foi meu professor no Curso de Direito (UFPI), pela aposição da
bela placa do Noturno de Oeiras no prédio que leva o honrado nome do grande
causídico e intelectual Moisés Reis.
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