Foto de h. koppdelaney |
Já faz um tempo que não tenho mais medo de
esperança. Hoje mesmo uma pousou bem próxima do detergente, enquanto eu lavava
a louça.
Tudo bem que minha coragem não chega ao ponto de
colocá-la nas mãos e conduzi-la a qualquer lugar, mas já não me causa ojeriza a
sua proximidade.
Na verdade a simples presença daquele pequeno
exemplar verde traz à tona lampejos daquela outra esperança, já tão fatigada
destes tempos de crise.
Em um país que não se leva a sério, com tantos
escândalos e tanta indiferença, muitos começam a perder a paciência e a desejar
uma outra pátria, uma nova nacionalidade, onde justiça e verdade são realidade.
Tantos já vestiram a capa do desespero e perderam
qualquer perspectiva de que as coisas vão terminar bem.
Às vezes até canso, mas no fim das contas teimo
em acreditar que há esperança. Um sorriso insiste em brotar, uma palavra
otimista, um sonho guerreiro…. E isso não tem nada a ver com crença no ser
humano ou em pensamento positivo.
Na verdade minha esperança alimenta-se de uma
Esperança maior, que me garante que um dia desfrutaremos de um tempo e de um
lugar inimaginável, que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou em coração humano, preparado por ninguém mais, ninguém menos que
o próprio Deus.
Um lugar capaz de satisfazer aquele anseio
plantado em nosso coração antes da fundação do mundo e que nada e ninguém
conseguem atender, nem vislumbrar.
Podem me achar ingênua, mas como o apóstolo
Paulo, declaro que:
“Se a nossa esperança em Cristo se limita
apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1 Co 15.19
Venha, Esperança, pouse para sempre aqui bem
perto e me ensine o caminho e como voar…
*Lara Larissa é advogada, servidora do TJ-PI, jornalista, cronista,
contista, romancista, e responsável pelo site PALAVRASPRABEBER (www.
palavrasprabeber.com).
Nenhum comentário:
Postar um comentário