José
Ribamar Nunes de Barros*
O sentimento do medo domina e penetra o
ser humano desde o nascimento até o apagar das luzes na expectativa dolorosa e
duvidosa com o além. Os filhotes e os bebês das variadas espécies da natureza
diferem muito dos humanos. Geralmente nascem sabendo caminhar, correr, voar,
nadar e brincar.
A criança recém-nascida do homo sapiens,
ao contrário, depende totalmente dos pais durante anos a fio. E o medo se
manifesta em todas as direções: medo de amar, de altura, de elevador, de
escuro, de alma, de assalto, até de ser feliz.
Como dominá-lo, vencê-lo, afastá-lo?
Existem profissionais e mesmo equipes interdisciplinares que se dedicam a essa
dificílima tarefa e nem sempre obtêm o êxito desejado.
Sem dúvida, existem medos e mais medos
(algumas vezes chegam a pavor e surto) que ameaçam e assaltam a gente em todo
tempo e lugar. O “Xis” do problema nem os matemáticos encontram...
Nos meus devaneios e elucubrações, ao
longo da vida, imaginei uma solução, dialogando comigo mesmo e sugerindo
repetir continuamente o seguinte bordão:
Meus medos são meus escravos... Outras
vezes, digo com firmeza o seguinte: Você não precisa ter medo de nada ou ainda:
quem teme fantasmas e outras besteiras é criança...
Impossível, porém, negar que se vive uma
“sociedade do medo”. No alto, no chão, na rua, no lazer, na escola, nos
estádios em toda parte e a todo momento...
Pensando assim, poetas, filósofos e
outros tantos enfatizam que “viver é perigoso”...
Alguém duvida?
*José Ribamar de
Barros Nunes é autor de Crônicas
Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.
E-mail:
rnpi13@hotmail.com
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