terça-feira, 21 de março de 2017

CRÔNICAS VIVIDAS - SENTIMENTO DE MEDO




José Ribamar Nunes de Barros*

O sentimento do medo domina e penetra o ser humano desde o nascimento até o apagar das luzes na expectativa dolorosa e duvidosa com o além. Os filhotes e os bebês das variadas espécies da natureza diferem muito dos humanos. Geralmente nascem sabendo caminhar, correr, voar, nadar e brincar.
A criança recém-nascida do homo sapiens, ao contrário, depende totalmente dos pais durante anos a fio. E o medo se manifesta em todas as direções: medo de amar, de altura, de elevador, de escuro, de alma, de assalto, até de ser feliz.
Como dominá-lo, vencê-lo, afastá-lo? Existem profissionais e mesmo equipes interdisciplinares que se dedicam a essa dificílima tarefa e nem sempre obtêm o êxito desejado.
Sem dúvida, existem medos e mais medos (algumas vezes chegam a pavor e surto) que ameaçam e assaltam a gente em todo tempo e lugar. O “Xis” do problema nem os matemáticos encontram...
Nos meus devaneios e elucubrações, ao longo da vida, imaginei uma solução, dialogando comigo mesmo e sugerindo repetir continuamente o seguinte bordão:
Meus medos são meus escravos... Outras vezes, digo com firmeza o seguinte: Você não precisa ter medo de nada ou ainda: quem teme fantasmas e outras besteiras é criança...
Impossível, porém, negar que se vive uma “sociedade do medo”. No alto, no chão, na rua, no lazer, na escola, nos estádios em toda parte e a todo momento...
Pensando assim, poetas, filósofos e outros tantos enfatizam que “viver é perigoso”...
Alguém duvida?

*José Ribamar de Barros Nunes é autor de Crônicas Vividas e Duzentas Crônicas Vividas.
E-mail: rnpi13@hotmail.com

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