terça-feira, 20 de janeiro de 2015

LÁGRIMAS



 
(Chicoacoram Araújo)

Chorei, sim! Por temor de uma implosão violenta dentro do peito,
Em face da ruptura iminente de um idílio eterno.
Por pressentir um enorme vazio nas entranhas do meu ser terno,
Longe do teu sorriso e daquele lugar em nosso devassado leito.

Chorei, sim! Por medo de te perder nessa cidade de almas vazias
À procura de carinhos e sofreguidão.
Por imaginar-te nos braços de outro alguém com desejos pungentes, em demasias.
E verter, abundantemente, lágrimas por séculos de solidão.

Chorei, sim! Por sentir a falta do teu corpo viçoso e de teus carinhos, em chamas.
Depois relembrar, sempre triste, os momentos felizes que nos aconteceram.
E por aí vagar a esmo, sem consolo, remoçando teus pujantes ais que em cama clamas.
Enfim, deixar de ouvir tuas vozes loucas em desvarios, que emudeceram.

Sorri, sim! Quando uma réstia de esperança nos teus lábios me encantou,
Como que querendo me dizer: não vá, meu amor.
Então um rio de felicidade do meu corpo brotou,
E em festa brindamos à Afrodite com louvor.




3 comentários:

  1. Francisco Carlos Araújo20 de janeiro de 2015 às 22:57

    Dr, Araújo, sinto-me imensamente honrado por possibilitar a publicação dessa singela poesia em seu importante e promissor blog Folhas Avulsas. A foto que você ilustra tema ficou muito legal. Muito obrigado. Um abraço do amigo F. Carlos.

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  2. Oi, bom dia Francisco. Poema bem ao meu gosto; romântico, intimista,lembra Bruna Prendeu minha atenção até a última frase. Parabéns.

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  3. Prezada Lina, que bom que você tenha gostado desse meu poema. Obrigado. Um abraço.

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