domingo, 25 de janeiro de 2015

UM AMOR ETERNO






(Chicoacoram Araújo)

Um amor eterno definhava lentamente, sem carinho.
A volúpia e a paixão ardentes iam-se devagarzinho.
O tempo, alguém disse, é o devorador de tudo,
Um grande amor de luto.

Até se acabar por completo, restando apenas lembranças.
Como aquela viagem que, ao por do sol, passamos sob um belo arco-íris,
Rogamos um matrimônio e um grande amor, bailando danças,
Ao som de músicas de Nana Caymmi e Elis.

Outra lembrança: os discos que retratavam nossas vidas
Perderam-se, de vez, naquela mesma estrada de vindas e idas.
Assim como as canções, nosso amor desapareceu em uma curva obtusa e transversal.
Talvez um dia, seguiremos juntos no mesmo caminho de saudades e, enfim, conjugal.





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