(Chicoacoram Araújo)
Um amor eterno definhava lentamente,
sem carinho.
A volúpia e a paixão ardentes iam-se
devagarzinho.
O tempo, alguém disse, é o devorador
de tudo,
Um grande amor de luto.
Até se acabar por completo, restando
apenas lembranças.
Como aquela viagem que, ao por do
sol, passamos sob um belo arco-íris,
Rogamos um matrimônio e um grande
amor, bailando danças,
Ao som de músicas de Nana Caymmi e
Elis.
Outra lembrança: os discos que
retratavam nossas vidas
Perderam-se, de vez, naquela mesma
estrada de vindas e idas.
Assim como as canções, nosso amor
desapareceu em uma curva obtusa e transversal.
Talvez um dia, seguiremos juntos no
mesmo caminho de saudades e, enfim, conjugal.
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